12 ideias e negócios de saúde e fitness que vão explodir no mercado em 2019

Um espelho com um personal trainer digital, uma nova forma de combater a depressão e ansiedade e uma nova solução para a diabetes. Confira algumas das ideias por trás dos negócios que poderão tomar o mercado de assalto este ano.

Depois do The New York Times e da CB Insights terem lançado um estudo sobre as start-ups com mais potencial de se tornarem os próximos unicórnios (projetos privados com avaliações superiores a mil milhões de dólares), começam a chegar as primeiras antevisões dos negócios que vão “explodir” este ano.

O Business Insider perguntou recentemente a vários investidores de capital de risco quais são as start-ups que vão tomar o mercado de assalto durante 2019. Surpreendentemente, perto de uma em cada cinco start-ups incluídas nesta lista são da área da saúde ou do fitness. Os negócios que se seguem são as escolhas dos investidores nesta categoria:

Almacoworking para profissionais de saúde mental

É cada vez mais comum as empresas, freelancers e start-ups sediarem-se em espaços de coworking. Este modelo de escritório apresenta-se como uma fonte de contactos e de resolução de potenciais problemas com um simples pedido de ajuda à empresa do lado.

O negócio da Alma é trazer esta tipologia de espaço de trabalho para o mundo dos terapeutas de saúde mental onde têm toda a tecnologia e material necessário ao seu dispor. Com um escritório já aberto em Nova Iorque, a equipa norte-americana já recebeu perto de quatro milhões de euros em investimento.

O crescente número de pessoas que sofrem de doenças mentais, como ansiedade e depressão, é uma das razões para o negócio poder vir a tomar o mercado de assalto em 2019.

Arterys – inteligência artificial para imagens médicas

A Arterys é mais um exemplo daquilo que a inteligência artificial pode fazer. A solução desta start-up, que já recebeu perto de 39 milhões de euros em investimento, é uma convergência entre big data, processamento de imagem e computação por cloud. O resultado é um software de imagiologia em cloud.

Segundo o investidor que votou neste projeto, a Arterys vai estar em grande em 2019 devido ao facto de mostrar o poder que a tecnologia pode ter no apoio à Humanidade. A empresa já tem escritórios físicos em São Francisco (EUA), Calgary (Canadá) e Paris (França).

Benchling – plataforma de colaboração de investigadores

Esta plataforma de gestão de dados e colaboração entre profissionais das áreas das ciências da vida, farmacêuticas e biologia já recebeu mais de 23,5 milhões de euros em investimento.

O objetivo passa por aumentar a colaboração entre os cientistas e, por consequência, acelerar as investigações que estão a ser desenvolvidas. Segundo o investidor que elegeu este negócio para a lista do Business Insider, já estão registados mais de 100 mil cientistas na plataforma.

Deste rol de start-ups, a Benchling é a única que também está presente no estudo feito pelo The New York Times e pela CB Insights.

Boulder Care – apoio digital para dependentes de ópio e derivados

A Boulder Care presta um serviço de apoio digital de longo-prazo a pessoas que estão a lutar contra a sua dependência de ópio.

As razões apontadas para este poder tornar-se num dos negócios de grande expansão este ano é o facto de levar os serviços de apoio a estas pessoas através de uma app. Ou seja, os investidores acreditam que esta poderá ser a digitalização dos serviços de apoio a toxicodependentes.

O projeto já recebeu aproximadamente 3,25 milhões de euros em investimento.

Calm – meditação para diminuir a ansiedade e depressão

“Este é um negócio bem-sucedido, com grandes margens de lucro e um mercado gigante. Se pensarmos na Nike e no boom do mercado do exercício físico que já vale milhares de milhões, não há razão nenhuma para que o da saúde mental não venha a valer”, dizia Acton Smith, cofundador da Calm, ao TechCrunch no ano passado.

As apps de mindfulness são uma nova forma de combate à depressão, ansiedade e apoio para adormecer. É neste novo formato que os investidores estão a apostar. No caso da Calm, o mercado parece estar bastante recetivo.

Apesar de não ter recebido tanto dinheiro quanto os seus competidores, como a Headspace, a start-up já conta com 35 milhões de downloads e, segundo o investidor que a elegeu, tem um grande potencial para criar uma marca de qualidade reconhecida internacionalmente.

Mirror – um espelho de apoio ao fitness

A Mirror desenvolveu um espelho que se transforma num ecrã que é capaz de transmitir aulas de fitness ao vivo ou sob procura. Apesar de não estar ao alcance do público em geral, tem um preço acima dos 1300 euros, o produto desta start-up atua num mercado onde há cada vez mais procura: a prática de desporto em casa.

O projeto já recebeu perto de 36 milhões de euros em investimento.

Prolon – jejum intermitente acompanhado

Já ouviu falar de jejum intermitente? A Prolon é uma start-up que está a capitalizar nesta nova tendência. A ideia de negócio é apoiar as pessoas que queiram passar por este novo tipo de dieta ao dar-lhes acesso a nutrientes que mantêm o bom funcionamento do corpo, mas que não são reconhecidos como alimentos, o que faz com que o corpo continue a desempenhar o mesmo processo de jejum.

Ao contrário de muitas outras start-ups de saúde que não têm provas científicas de que o seu produto/serviço funciona, a Prolon diz que este método – que foi originalmente desenvolvimento para pacientes com cancro – é apoiado por factos científicos.

Não há registos do dinheiro recebido em investimento pela Prolon.

Tia – serviços médicos só para mulheres

A Tia apresenta-se como um espaço único para serviços médicos de mulheres. A empresa inclui ginecologia, bem-estar e cuidados básicos num único local.

Segundo as investidoras que elegeram o projeto, a Tia é uma abordagem compreensiva de bem-estar que nasceu de uma aplicação mobile que cobre todas as fases da vida das mulheres – daí o potencial para se tornar num dos negócios de saúde que poderá ter um boom em 2019.

Tonal – um treinador de fitness na parede

Da mesma forma que a Mirror tem um espelho que dá acesso a aulas de fitness, a Tonal oferece um personal trainer através de uma televisão suspensa na parede. Para além da TV, esta start-up envia uma máquina de pesos.

Os argumentos a favor são idênticos aos que apoiam o negócio da Mirror, sendo que o mais importante – e que faz com que haja um potencial de crescimento este ano – é o gradual interesse das pessoas no mercado dos aparelhos de fitness em casa.

Até à data, a Tonal já recebeu perto de 32 milhões de euros em investimento.

Trusted Health software para enfermeiros à procura de emprego

A Trusted Health apoia enfermeiros à procura de emprego através de um software. A ideia passa por substituir os antigos métodos de recrutamento e negociação por novas formas de matching inteligente e transparência.

A razão para estar na lista tem a ver com o facto deste setor de recursos humanos necessitar de uma nova forma de recrutar enfermeiros.

O capital levantado por esta start-up é desconhecido.

Octave – treino de saúde mental online

A missão da Octave passa por criar uma sociedade proativa e consistente em relação ao bem-estar psicológico. Tal como a Calm e a Alma, esta start-up está a atacar o problema da saúde mental. Porém, em vez de ter um espaço de coworking ou uma app, a Octave dá acesso a consultas online com especialistas no tema.

A Octave já recebeu aproximadamente três milhões de euros em investimento.

Virta Health – reverter os diabetes através da dieta

O diabetes é um grande problema em várias sociedades ocidentais. Em Portugal, por exemplo, uma em cada dez pessoas sofre desta doença. É, portanto, fundamental encontrar novas formas de tratar este problema.

A Virta Health é uma possível solução. Através de uma app, os utilizadores têm acesso permanente a médicos que monitorizam a saúde, dão informações relativamente à dieta a seguir e reduzem a dependência da medicação.

A mais-valia deste projeto parece residir no facto de conseguir reverter esta doença simplesmente através da dieta, o que é uma grande mudança face aos tratamentos atualmente existentes e que envolvem o consumo de medicamentos e injeções de insulina para o resto da vida.

O projeto já levantou mais de 65 milhões de euros até hoje.

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