As apostas de três investidores para o próximo ano

Três investidores subiram ao palco da Web Summit para dar a conhecer as suas apostas para o ano que vem. Conheça-as neste artigo.

Tal como no ano passado, na terceira edição da Web Summit subiram ao palco alguns investidores de capital de risco para falarem sobre as áreas em que vão apostar em 2019. Desta vez, foram Juliet de Baubigny, partner da Kleiner Perkins, Trae Vassallo, cofundadora e managing director da Defy.vc, e Tom Stafford, managing partner da DST Global, a sentarem-se no sofá do palco principal da conferência tecnológica que terminou na última quinta-feira, em Lisboa.

Contudo, ao contrário da edição passada, onde os venture capitalists foram bastante explícitos sobre as áreas em que pretendiam apostar, o painel deste ano deixou as suas intenções pouco claras.

Questionada sobre o que tinha mudado em relação a 2017, Juliet de Baubigny explicou que nada mudou e que a sua firma continua “a apostar na inovação técnica” e a acreditar que “os grandes fundadores é que fazem toda a diferença”. Revelou, no entanto, que a sharing economy é o que tem captado mais a atenção da Kleiner Perkins, independentemente da área em que os projetos se possam inserir.

Por outro lado, na perspetiva de Tom Stafford e da sua firma, o capital continua a ser direcionado para onde os consumidores continuam a gastar dinheiro. O investidor acredita que ainda “há muito espaço para a revolução tecnológica em muitas áreas que estão mal servidas”. Exemplo disto são PMEs que atuam nas áreas mais tradicionais dos serviços e que representam um espaço onde ainda estão abertas muitas possibilidades para a inovação digital.

Do ponto de vista de Trae Vassallo, é mais complicado responder aos setores mais apetecíveis à sua firma, visto que esta aposta em start-ups que ainda se encontram em fases embrionárias e que injetam capital “um pouco por todo o lado”. Porém, a investidora diz que a defy.vc aposta em “pessoas que percebem muito bem o problema que estão a tentar resolver”.

Um outro ponto relevante tocado pelo painel foi a crescente presença da população mundial no mundo digital. Neste sentido, o managing partner da DST Global afirmou que “os outros quatro mil milhões de pessoas que vão ficar online vão mudar completamente a forma como as empresas operam”.

Conselhos aos empreendedores que procuram investimento
Houve ainda espaço para deixar alguns conselhos aos empreendedores que pretendem recolher capital de risco.

Foi neste ponto que Trae Vassallo aconselhou as equipas que procuram uma reunião com os investidores a não só enviarem um texto a apresentar a sua start-up, como também um PowerPoint. Caso consigam marcar um encontro, a cofundadora da defy.vc explicou que é importante que “não se esqueçam que estão a ser avaliados pelas vossas formas de liderança através da maneira como interagem com a vossa equipa e com as pessoas do nosso escritório”.

Em alternativa, a partner da Kleiner Perkins refere que quando investe em algum projeto é como se fosse casar, ou seja, é um comprometimento sério. Juliet acrescentou ainda que quer “ver fundadores que sabem reconhecer a qualidade do capital e o que precisam de um investidor”.

Do lado de Stafford, que representa uma firma que já investiu em start-ups como a Spotify, a Deliveroo, a Revolut e a Zolando, é importante que as start-ups tenham referências de pessoas que o investidor conhece ou que tenham conhecimento do trabalho delas.

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