Opinião

Para inovar, precisamos de pessoas!

Jorge Lourenço, Co-CEO/CIO da REBIS*

A inovação constitui um dos pilares fundamentais da nossa sociedade, nas suas mais diversas realidades. As empresas, enquanto instrumento para a aplicabilidade de tais inovações no nosso dia-a-dia, são elementos centrais e indispensáveis, a montante e a jusante, da cadeia de valor da inovação.

Mas, não ignoremos, que tanto as empresas, como a própria raiz e destino da inovação estão intrinsecamente ligados às pessoas – a nós. A génese – a razão de ser – o motivo pelo qual aquela necessidade deve/tem de ser satisfeita/correspondida, decorreu do pensamento cognitivo de um ou mais indivíduos que a sentiram (necessidade) e daí procuraram uma solução. O destino somos nós próprios, também. No frigorífico que nos indica o que precisamos de comprar. No automóvel que não precisamos de conduzir. Nas aplicações informáticas que tornam o nosso trabalho mais eficaz e eficiente.

Também as empresas – com ou sem infraestruturas – mais ou menos inteligentes e contemporâneas – são, no seu âmago, feitas de pessoas, das suas necessidades, dos seus desafios, da sua procura permanente em ir mais longe – inovando nos processos, na sua forma de trabalhar, no modo como chegam ao mercado, na abordagem aos outros, nos produtos e serviços, etc.

Ainda que a inovação possa surgir ou parecer muitas vezes intempestiva na sua origem, súbita, rápida e inesperada; na verdade, a existência de processos sistemáticos e organizados que consubstanciem modelos que contribuam diretamente para a produção de oportunidades de melhoria contínua são, efetivamente, essenciais, para que a inovação aconteça.

Até a inovação pode e deve ser organizada.
E, as pessoas que a criam, produzem, desenvolvem, implementam e aplicam precisam de um ecossistema que contribua, de modo sistemático, para a revisão contínua da cadeia de valor –  tanto a que já exista, como a que se queira criar, de novo. Para inovar, precisamos de pessoas. E de processos. E de imaginação.


Jorge Lourenço tem mais de vinte anos de experiência em tecnologias da informação, nomeadamente nas áreas de data science, e, em particular nos domínios de SAP Analytics, na qual se tem especializado, nos mais diversos setores de atividade: da saúde ao retalho, da indústria a organismos públicos, desenvolvimento e regulação, das telecomunicações aos serviços. Foi e é consultor internacional convidado em vários domínios de intervenção, sendo sócio fundador de várias empresas de serviços empresariais e de tecnologias, das quais se destacam a Snapspace ou a REBIS, onde assume ainda o papel de Chief Technology & Innovation Officer e Co-CEO.

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