Singapura: Silicon Valley no sudeste asiático

Singapura já é vista como a Silicon Valley do sudeste asiático. O One-North, um bairro onde trabalham mais de 16 mil pessoas, é o coração da inovação do país.

Singapura está cotada no ranking do The Global Innovation Index como o sétimo local do mundo mais propício à inovação. O bairro singapuriano One-North é um bom exemplo das razões para o país estar tão bem cotado neste ranking.

Com mais de 16 mil trabalhadores de 400 empresas, num espaço de 200 hectares, este bairro é frequentemente comparado a Silicon Valley, a capital da inovação global, onde nasceram gigantes como a Google, o Facebook e a Apple.

A procura das empresas por esta região tem crescido cada vez mais. A “culpa” deste acontecimento é possivelmente do governo, que foi referido como o mais eficaz do mundo, ou da qualidade regulatória e da abertura para o capital de terceiros, que foram também distinguidos como os mais benéficos do planeta.

Vista aérea do bairro One-North, Singapura

Vista aérea do bairro One-North, Singapura (fonte: Land Transport Authority)

As somas destes componentes tornam Singapura como um dos destinos mais procurados para as multinacionais se instalarem. Os números comprovam a abertura do governo singapuriano ao tecido empresarial local e global: todos os anos o país faz mais de 1000 projetos com empresas, sendo 55% multinacionais, 38% pequenas e médias empresas de outros países e 7% de negócios locais.

Em termos tecnológicos o país tem uma cobertura total da rede 4G e, em 2020, está prevista a introdução da rede 5G. Os investimentos em trabalhos de computação em cloud, impressão 3D e automação também são comuns no território.

Parte do crescimento abrupto do produto interno bruto (PIB) de Singapura, que quase duplicou na última década (de 180 milhões de dólares para perto de 300 milhões), vem deste tipo de iniciativas. O próprio governo é um dos maiores investidores no campo da pesquisa e desenvolvimento, tendo investido perto de 2,8 mil milhões de euros. Já o investimento privado rondou os 4,4 mil milhões de euros.

De acordo com o que o vice-presidente executivo da empresa brasileira Stefanini, Ailtom Nascimento, afirmou à publicação brasileira Exame, “o ambiente de negócios e o avanço tecnológico [em Singapura] permitem-nos alcançar resultados na metade do tempo que conseguiríamos no Brasil”.

Os incentivos fiscais no país são também uma grande mais valia para as empresas. De acordo com o que Ailtom Nascimento explicou à Exame, por cada dólar que se investe enquanto empresa, são recebidos quatro através de incentivos fiscais. Isto porque “Singapura é orientada para os negócios e eles sabem que esse dinheiro investido volta por meio de patentes e movimenta a economia do próprio país”.

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