Empresas nacionais com atividades de inovação aumentaram para 44,7%, diz ANI

A fração das empresas nacionais com atividades de inovação aumentou para 44,7%. Diplomados em áreas de Segurança e Defesa cresceram 77,4% desde 2019/20, diz novo relatório da ANI.

A Agência Nacional de Inovação (ANI) publicou o Relatório Nacional de Inovação 2024 (RNI 2024), dedicado às áreas da Segurança e Defesa.  “O relatório resulta de um processo de cocriação com entidades públicas e privadas e analisa a evolução da inovação em Portugal nos anos de 2023 e 2024”, refere a agência em comunicado.

O RNI 2024 revela uma trajetória positiva, marcada pelo crescimento da despesa em Investigação e Desenvolvimento (I&D), aumento da qualificação da população e reforço da inovação empresarial. O relatório sublinha ainda a importância estratégica da Segurança e Defesa num contexto de tensões geopolíticas e de exigências crescentes de soberania tecnológica.

Entre os principais dados, destaca-se o aumento da percentagem da população entre os 25 e os 64 anos com ensino superior, que passou de 27,5% em 2020 para 29,8% em 2023. A despesa total em I&D ultrapassou os 4,5 mil milhões de euros, correspondendo a 1,7% do PIB, enquanto as entidades da Base Tecnológica e Industrial de Defesa (BTID) e o Ministério da Defesa Nacional investiram 485,2 milhões de euros, mais 29% face a 2020.

A inovação empresarial também cresceu. De salientar que 44,7% das empresas registaram atividades inovadoras entre 2020 e 2022, percentagem que atinge 79,1% no caso das grandes empresas. No European Innovation Scoreboard 2024, Portugal continua a aparecer como inovador moderado.

“A infraestrutura digital e científica também evoluiu. A plataforma NAU registou um aumento de 25% no número de utilizadores, a rede RCTS100 já cobre 90% das instituições de ensino superior e a plataforma de dados científicos POLEN ultrapassou os 10 petabytes de dados armazenados”, diz o relatório.

Apesar dos progressos, persistem alguns desafios, nomeadamente na proteção da propriedade intelectual, na necessidade de uma maior capacidade de atração e retenção de talento, no reforço da cooperação internacional e na aposta em áreas disruptivas como as tecnologias quânticas, a Inteligência Artificial e as aplicações de tecnologias Espaciais.

 

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