Investigadores europeus levam jogos digitais sobre património cultural à Ásia-Pacífico

O  Locative Games for Cultural Heritage explora como a tecnologia pode preservar o património e os saberes indígenas através da narrativa interativa e da interação com jogos.

Financiado pela União Europeia, o projeto de investigação Locative Games for Cultural Heritage  (LoGaCulture) foi apresentado junto da comunidade académica da Ásia, Austrália e Nova Zelândia, ao visitar seis universidades de prestígio, para introduzir novas abordagens e metodologias de investigação para a preservação do património cultural através de jogos digitais e narrativas interativas. E, ao mesmo tempo, estabelecer pontes de diálogo sobre a forma como a tecnologia pode potenciar as comunidades e manter vivas as suas heranças culturais.

Na sua génese, este projeto que visa desenvolver jogos digitais inovadores que ajudam as comunidades a conectar-se com o seu património cultural através de experiências narrativas baseadas na geolocalização.

A digressão internacional do projeto LoGaCulture começou em março na Universidade Nacional de Singapura, com um seminário dirigido a docentes e estudantes de design, abrindo discussões sobre o papel do design no setor do património e com destaque em como narrativas baseadas em geolocalização podem tornar o património mais envolvente e acessível a públicos diversificados.

O périplo da LoGaCulture terminou, em maio na Universidade de Tongji, na China, com um seminário focado na preservação do património natural e cultural perante as alterações climáticas e as crescentes preocupações com a sustentabilidade.

“Esta digressão internacional do projeto demonstra como a colaboração académica pode ultrapassar fronteiras para responder a desafios globais. Ao aliar a inovação europeia às perspetivas da região Ásia-Pacífico, surgem novas abordagens à preservação do património cultural, que valorizam os saberes tradicionais e integram, em simultâneo, o potencial das tecnologias digitais”, explicou Valentina Nisi, investigadora principal do Projeto Europeu LoGaCulture.

Na sequência da digressão do projeto, os professores Heidi e Stephen Luckosh, do HIT Lab da Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia, já estão a ser envolvidos numa proposta europeia centrada no património e nos saberes indígenas, que será submetida em setembro.

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