Opinião
Lideranças de sucesso num mundo de respostas instantâneas
Nos tempos atuais, o ritmo acelerado com que a tecnologia evolui (AI, Chat GPT) traz consigo uma transformação profunda na forma como lidamos com problemas e buscamos soluções, impactando fortemente as atuais lideranças.
As máquinas têm-se mostrado eficazes em fornecer respostas rápidas e precisas, mas será que isso é suficiente? É imprescindível perceber que saber fazer as perguntas certas é tão, ou até mais importante, do que dar respostas imediatas. Apresentar uma solução ou mudanças sem se quer ter entendido o problema em profundidade, é um erro que se paga bem caro no futuro. Este aspeto é algo que as organizações devem levar em consideração se querem prosperar no longo prazo.
Muitas vezes, há uma tendência de se focar apenas em oferecer respostas e soluções rápidas sem compreender verdadeiramente a natureza e a profundidade do problema ou das mudanças que queremos e precisamos implementar. Isso pode levar a medidas paliativas ou superficiais que, no final das contas, não resolvem a questão na sua totalidade. É preciso ir além e entender o problema em toda a sua profundidade. Somente assim é possível identificar as raízes das questões e propor soluções efetivas.
As organizações que adotam uma abordagem mais centrada em perguntas de qualidade têm uma vantagem significativa. Ao invés de correr para dar respostas imediatas, é fundamental promover um ambiente em que se incentiva a reflexão e o questionamento. Isso cria uma cultura de aprendizagem contínua e desenvolvimento, permitindo que as empresas se destaquem pela excelência das suas ações, e uma boa reputação.
A diferença crucial entre humanos e máquinas é a capacidade de raciocínio crítico, criatividade e intuição. As máquinas podem processar informações em grande escala e em alta velocidade, mas são limitadas pela sua programação. Já os humanos têm a capacidade de pensar fora da caixa, ver “nuances” e contextualizar as questões.
Portanto, é vital que as organizações incentivem os seus colaboradores a fazerem perguntas desafiadoras, a buscarem o “porquê” por trás das situações e a explorarem todas as facetas de um problema. Isso não apenas melhora a qualidade das soluções, mas também estimula a inovação e a agilidade, a cooperação e a colaboração entre todos. É inclusivamente uma ferramenta de retenção de talento nas organizações.
Em suma, as empresas que desejam permanecer competitivas e relevantes devem priorizar a capacidade de questionar, envolver e compreender profundamente. Aqueles que investem em cultivar essa capacidade dos seus colaboradores estarão mais bem preparados para enfrentar os desafios futuros e, assim, alcançar o sucesso sustentável. Constroem marcas de sucesso e reconhecidas no mercado.
A mudança impõe-se nas lideranças que querem ser bem sucedidas, porque as máquinas darão respostas rápidas e melhor do que os humanos, mas dificilmente farão perguntas com a mesma qualidade que nós.
*E Ambassador na Fábric@ Empreendedorismo Município de Seia








