Executivos estão otimistas, mas querem mais regulamentação e orientações éticas

O barómetro C-suite: Outlook 2024, da Mazars, revela que o otimismo e a confiança estão no ponto mais alto e que os líderes procuram a expansão e o crescimento.
As tendências de mercado com impacto nas empresas, as prioridades estratégicas na agenda do C-suite, os desafios e as oportunidades que influenciam o crescimento são alguns dos temas abordados no barómetro C-suite: Outlook 2024, uma análise anual da Mazars que reúne o ponto de vista dos principais executivos de todo o mundo.
No total foram ouvidos de cerca de 800 executivos, de 30 países, que revelaram as prioridades estratégicas na agenda e as tendências e transformações do mercado que deverão ter impacto no setor empresarial nos próximos anos.
Globalmente, a conclusões do barómetro revelam que 89% dos líderes aumentaram as receitas em relação ao ano anterior e 94% têm uma perspetiva positiva para o crescimento em 2024, Por outro lado, os fatores económicos, incluindo a inflação e elevado custo de vida (37%), e os preços da energia (33%) são as principais tendências externas que afetarão as empresas ao longo do ano. Prevê-se também que o aparecimento de novas tecnologias (33%) tenha um impacto significativo, mas, de acordo com a pesquisa, as empresas estão confiantes de que estão preparadas.
Na média de todas as atividades empresariais, a percentagem de empresas que aumentou o investimento subiu para 66% (mais 3% que no ano passado) e 44% está “muito confiante” que conseguem gerir as tendências externas (6% acima de 2023).
Já quanto à transformação através de tecnologias de informação ou de tecnologias emergentes esta é, pelo segundo ano consecutivo, a principal prioridade estratégica dos líderes. Três quartos dos que já usam inteligência artificial generativa na sua organização afirmam ter preocupações éticas e 95% dizem que são necessárias mais orientações regulamentares.
A par de estratégias de sustentabilidade e de talento, a expansão internacional também aumenta a sua a importância. À frente fica apenas a transformação tecnológica como a maior prioridade estratégica para os próximos três a cinco anos (35%).
Acresce ainda que os líderes demonstram um maior compromisso com a sustentabilidade, com um número cada vez maior de organizações a relatar o seu impacto e a orçamentar custos específicos para a elaboração de relatórios ESG. No entanto, 37% dos líderes afirma faltar conhecimento interno no que respeita a dados e comunicação sobre direitos humanos (mais 10% que em 2023).
Mark Kennedy, sócio e membro do conselho executivo do grupo Mazars, concluiu que “perante a volatilidade, o C-suite demonstrou resiliência e agilidade, permitindo continuar a investir e a transformar o negócio, enquanto aborda os desafios e as oportunidades da tecnologia emergente, os planos de expansão e a agenda ESG, preparando os negócios para um crescimento sustentável”.