82% dos trabalhadores portugueses valorizam diversidade e inclusão no emprego

Com foco na diversidade e inclusão no ambiente de trabalho, o novo estudo sobre sustentabilidade da Michael Page revela que, na Europa, a discriminação em função da idade é mais frequente que a discriminação de género.
Dos 4755 participantes europeus inquiridos no mais recente estudo desenvolvido pela Michael Page, um terço afirmou que no último ano sentiu-se tratado de forma desigual devido à idade. Além disso, entre as pessoas acima dos 50 anos, mais de 40% referiu que se sentia regularmente discriminado pela idade. Já num quarto dos casos, os colaboradores sentiram-se discriminados com base no género e mais de dois terços dos trabalhadores europeus sentem que não podem ser completamente fiéis a si próprios no ambiente de trabalho.
No que concerne ao mercado português, o estudo indicia que a discriminação com base na idade não parece ser um problema para 65,8% dos entrevistados. Por outro lado, apenas 3,4% referiram sentir a discriminação de forma permanente no seu local de trabalho, contra 32,4% dos que afirmaram que se sentem totalmente à vontade. Quanto às causas que motivam esta situação, 53,5% dos portugueses defende que prefere separar a vida profissional e pessoal, motivo pelo qual não são tão “abertos”.
No contexto europeu, a Holanda é o país em que mais de 50% dos colaboradores se sente totalmente à vontade no local de trabalho, alcançando o resultado mais positivo do estudo. No oposto encontra-se a Itália em que menos de um quarto das pessoas afirmaram ser completamente iguais a si próprias no local de trabalho. Entre os motivos de discriminação mais citados incluem-se a discriminação baseada no género, idade, etnia, orientação sexual e religião.
O estudo da Michael Page destaca ainda que mais de metade das mulheres inquiridas são favoráveis à discriminação positiva para promover um equilíbrio de género mais estável na sua empresa.
A inclusão é o segundo aspeto relevante para o bem-estar da organização. O estudo diz que, na Europa, sete em cada 10 entrevistados consideram importante fazer parte de uma empresa que pratica diversidade e inclusão.
Em Portugal, 82% dos inquiridos referiu que a diversidade de género é importante para o ambiente de trabalho. A pesquisa revela também que cada vez mais os candidatos avaliam os empregadores acerca das suas políticas de sustentabilidade e que os objetivos climáticos e o envolvimento social estão igualmente a ganhar relevância entre os colaboradores e candidatos a emprego.
16,4% dos colaboradores portugueses considerou que as políticas de sustentabilidade da sua empresa são suficientes, enquanto 49,1% optou pela neutralidade na resposta relativamente a esta questão. Mas, quando questionados se aceitariam trabalhar numa empresa sem uma política de sustentabilidade, 63% dos portugueses consideraram que este é um fator muito importante para a tomada de decisão.