77% dos portugueses revela que a sua empresa soube responder ao teletrabalho

Os portugueses mostram-se satisfeitos com a adoção do teletrabalho. O Observatório de Tendências, do Grupo Ageas Portugal e do Eurogroup Consulting, explica porquê.

De acordo com o Observatório de Tendências, um estudo desenvolvido pelo Grupo Ageas Portugal e a Eurogroup Consulting Portugal, 77% dos portugueses revelam-se satisfeitos com a forma como a sua empresa se ajustou ao teletrabalho, contra apenas 10% que admitem que a empresa poderia ter feito melhor.  Esta vertente do estudo (que também identificou a tendência da homification), constatou ainda que quando questionados sobre o apoio recebido por parte da chefia direta durante este período, 42% dos inquiridos avaliou positivamente os seus líderes (21,4% bom e 21% muito bom). Os inquiridos da América do Sul mostraram estar, de forma geral, mais satisfeitos com o desempenho das suas chefias diretas, com 36% a dar a nota Muito Bom.

Confrontados com a experiência do teletrabalho, a apreciação dos inquiridos foi relativamente boa, com os mais jovens a registarem uma opinião mais positiva do que os mais velhos.

Os trabalhadores por conta própria revelam-se menos adeptos do teletrabalho, refletindo a necessidade de interação e socialização. Em linha com a avaliação dos colaboradores, os gestores de equipa dizem-se confortáveis no seu papel de líderes neste período.

A ausência de contacto físico e presencial foi apontada pelos inquiridos como a principal dificuldade associada ao teletrabalho, com especial destaque nos inquiridos mais seniores.

Também a gestão da vida familiar esteve em centro das preocupações. Foi, aliás, a segunda maior dificuldade observada pelos inquiridos do Observatório de Tendências, criando mais obstáculos do que a tecnologia. Os trabalhadores mais jovens também apontam a queda de produtividade.

Quando questionados relativamente ao futuro do trabalho, cerca de 62% dos inquiridos admite que gostaria de trabalhar a partir de casa.  Já cerca de 51% opta por um modelo misto, 29% entre 50 a 99% do tempo em teletrabalho, e 22% com menos de 50% em teletrabalho.

Os restantes 38% referem que não gostariam de trabalhar a partir de casa no futuro, notando-se uma ligeira resistência nas idades mais avançadas.

Catarina Tendeiro, diretora de Recursos Humanos do Grupo Ageas Portugal, recorda que desde março “a pandemia impôs sérios sacrifícios e necessidade de agilidade a empresas e colaboradores. Neste período foi também mais necessário estar ainda mais atento a cada uma das nossas pessoas. Olhar pela saúde mental de cada um, e ser um facilitador no meio da adversidade, garantir que o negócio continuava a pensar e a preparar as pessoas para esse futuro. É importante estar atento ao presente, mas manter sempre um olhar no dia de amanhã, pois só assim nos conseguimos adaptar melhor a novas circunstâncias.”

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