2.ª edição do Blue Bio Value volta a premiar empreendedores

O programa de aceleração de start-ups ligadas à bioeconomia azul vai entregar 45 mil euros aos projetos mais inovadores.
“Atrair e capacitar projetos que constituam oportunidades de negócio na cadeia dos recursos biológicos marinhos, com destaque para a biotecnologia marinha, assim como o desenvolvimento de produtos ou serviços sustentáveis, com impacto positivo na preservação do oceano”. Este é o propósito da 2.ª edição do programa de aceleração Blue Bio Value, uma iniciativa conjunta da Fundação Oceano Azul e a Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria com a Fábrica de Startups, a Bluebio Alliance e a Faber Ventures, e com o apoio do Impact Hub, do CIIMAR e da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto.
Os empreendedores podem candidatar-se até ao dia 21 de junho. O programa decorre entre 8 de outubro e 6 de novembro, em Lisboa e no Porto, sendo que o pitch final está marcado para o último dia.
De acordo com o comunicado divulgado por aquelas entidades, o programa de aceleração disponibiliza condições para que novos negócios ligados à bioeconomia azul possam ser bem-sucedidos e se fixem no país, uma vez que “Portugal tem acesso a uma biodiversidade única, a par de infraestruturas e conhecimento científico capazes de desenvolver projetos que revolucionem a sustentabilidade do oceano”.
As start-ups que se destacarem ao longo do programa de aceleração recebem um prémio até 45 mil euros para aplicarem no desenvolvimento dos projetos.
Nos primeiros três anos de implementação do programa Blue Bio Value, a Fundação Oceano Azul e a Fundação Calouste Gulbenkian assumiram o compromisso de investir, pelo menos, 1 milhão de euros. Este ano, pretendem acelerar até 15 empresas portuguesas e estrangeiras
Recorde-se que a 1.ª edição do programa Blue Bio Value acelerou 13 empresas de seis nacionalidades que adquiriram competências de gestão de negócio e receberam orientação de mais de 40 mentores. Dos 13 projetos participantes foram premiadas três empresas: uma holandesa e duas portuguesas.
“Estas empresas destacaram-se não só pelo potencial do seu negócio, mas também pela dedicação e, sobretudo, evolução ao longo do programa de aceleração. Para nós, é um enorme motivo de orgulho ver que empresas que acelerámos têm ganho prémios a nível internacional e reconhecem a importância do Blue Bio Value no crescimento e sucesso alcançados”, lembrou Miguel Herédia, responsável pelo programa Blue Bio Value na Fundação Oceano Azul.
Também Filipa Saldanha, da Fundação Calouste Gulbenkian, destacou a “grande variedade de soluções sustentáveis desenvolvidas para o mercado: desde a criação de bioplásticos para utilização na indústria de packaging; a soluções mais sustentáveis para as indústrias alimentar, cosmética e farmacêutica; ou o desenvolvimento de tintas não tóxicas, com base em bactérias marinhas. Com este Programa estamos a apoiar a transição para um modelo económico mais sustentável”, assegurou.