10 start-ups europeias que estão na linha da frente no apoio aos refugiados
Conheça dez projetos de impacto social que, tal como o português SPEAK, ajudam refugiados a inserir-se mais facilmente na sociedade que os acolheu.
Nos últimos anos, o mundo tem assistido a uma das maiores crises de refugiados de sempre. Milhões de pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas rumo a um lugar onde se sintam mais seguras.
Um pouco por toda a Europa resistência em acolher refugiados é uma realidade, mas, por outro lado, também encontramos projetos que procuram ajudar estas pessoas a construir um futuro melhor, dando-lhes acesso a ferramentas fundamentais para se inserirem eficazmente na sociedade.
A EU-Startups lançou recentemente um artigo onde enumerou dez start-ups que se inserem neste grupo de empresas dispostas a apoiar os refugiados.
No entanto, um projeto que não poderíamos deixar de referir, e que ficou fora desta lista, é o português SPEAK. Nasceu em Leiria e tem como mote a troca de culturas e de línguas e a inserção social dos imigrantes. Numa entrevista ao Link to Leaders, Hugo Menino Aguiar, CEO da start-up, contou-nos que com o desenvolvimento do projeto acabaram por ter refugiados a aprender português e a dar cursos de árabe. “No SPEAK temos igual número de estrangeiros e de pessoas locais, e esta diversidade é fundamental para o projeto, pois só assim é possível a verdadeira integração social”, explicou. Desta forma, esta empresa apoia a inserção de imigrantes, incluindo refugiados, junto da comunidade portuguesa o não só facilita a comunicação, como também a criação de contactos e a maior facilidade em encontrar emprego.
Tal como esta start-up portuguesa, há outras por toda a Europa dispostas a ajudar estas pessoas. A lista da EU-Startups inclui:
Chatterbox (Reino Unido): Fundado em 2016, este projeto focado no impacto social emprega uma pequena parte dos 120 mil refugiados que vivem no Reino Unido. O papel destas pessoas empregadas passa por serem tutores de línguas quer para indivíduos, quer organizações, tanto online como presencialmente. A Chatterbox já conta com professores de árabe, coreano, hindu e mandarim.
Funzi (Finlândia): Esta start-up dedica-se a dar ferramentas aos refugiados para que estes consigam inserir-se na sociedade mais facilmente, algo que é feito através de um pack disponível em versão mobile e que inclui serviços de informação, emprego, comunicação e networking. A Funzi trabalha com as Nações Unidas, organizações públicas, grandes empresas privadas e organizações não governamentais.
Just Arrived (Suécia): A Just Arrived é uma plataforma que fomenta a conexão entre pessoas recém-chegadas à Suécia e as oportunidades no mercado de trabalho. Esta ligação é feita através de uma aplicação disponível em inglês, sueco, árabe e persa.
Moni (Finlândia): Associada ao governo finlandês, a Moni é uma start-up de pagamentos online que substitui a a utilização do tradicional dinheiro físico por um cartão de débito pré-pago. Esta oferta evita a necessidade de ter uma conta bancária ou documentos de identificação. O cartão permite – sem qualquer custo associado – pagar contas, receber o vencimento, pedir um empréstimo ou transferir.
Refugee Work (Aústria): Esta plataforma de emprego tem como objetivo criar oportunidades de emprego para os imigrantes. Tal como outras, a Refugee Work foca-se em conectar os refugiados com empregadores que procuram colaboradores, tendo em consideração as suas experiências profissionais anteriores.
Docyet (Alemanha): Dando uso à inteligência artificial, a Docyet desenvolveu um assistente digital para ajudar as pessoas que não têm conhecimento da língua ou do ambiente em que estão inseridas, a terem acesso a cuidados de saúde. Esta interação é feita através de um chatbot que, não só aconselha as pessoas sobre o melhor local para procurarem um hospital ou centro de ajuda, como também descreve aos médicos ou enfermeiros o que sentem.
Mygrants (Itália): A Mygrants é uma start-up focada na educação dos seus utilizadores. Especialmente desenhada para refugiados e imigrantes, a plataforma permite o acesso a um assistente legal e a um guia sobre todos os procedimentos que devem ser tomados para encontrar asilo.
Welcome Movement (Suécia): O Welcome Movement é especialmente importante para os refugiados que queiram criar contactos com os habitantes locais. A Welcome App é um fórum que ajuda os imigrantes a comunicarem na sua língua nativa com os cidadãos suecos. Isso é possível através de uma tradução em tempo real, disponível em árabe e persa.
Social Bee (Alemanha): A par de outros projetos aqui listados, a Social Bee ajuda os refugiados a encontrarem emprego temporário. O serviço disponibilizado pela equipa alemã inclui recrutamento, preparação para os futuros empregos, treino e aulas de línguas, cultura e integração nas empresas. Esta start-up foi distinguida com o prémio de 2017 de EY Public Value Award.
Refugees Welcome (Alemanha): Também instalada na Alemanha, a Refugees Welcome autointitula-se a primeira Airbnb dos refugiados, ao fazer a ponte entre as pessoas que estão a oferecer casa e os imigrantes. Além disto, a start-up dá acesso a uma plataforma que mostra como podem pagar a renda aos senhorios. Alguns dos métodos mais comuns são crowdfunding e microdoações.