10 Projetos internacionais que querem combater as alterações climáticas
As alterações climáticas são uma realidade e as notícias sobre o tema pouco animadoras. Contudo, muitas start-ups estão empenhadas em desenvolver soluções para enfrentar este panorama desanimador. Eis alguns exemplos.
A libertação de CO2 na atmosfera é um dos grandes problemas da atualidade no domínio da poluição, mas muitas start-ups estão a tentar controlar esse cenário devastador quer criando tecnologia que capte carbono da atmosfera quer soluções que permitam eliminá-lo.
Contudo, o fracasso de alguns projetos têm dissuadido muitos fundos de capital de risco a investir no setor da tecnologia limpa, embora haja algumas exceções. Recentemente, o The New York Times divulgou os dados de uma pesquisa da Pitchbook que revelava que o financiamento global em start-ups de tecnologia limpa diminuiu na última década. No ano passado, foram investidos 6,6 mil milhões de dólares (5,97 mil milhões de euros) em tecnologia limpa, dos quais 15% foram aplicados em start-ups de software. As que se dedicam a investigar a remoção de carbono receberam uma pequena parte disso. Porém, o receio global das consequências económicas das alterações climáticas está a mobilizar novos investidores, entre os quais as próprias empresas de combustíveis fósseis.
Embora enfrentando alguns obstáculos, nomeadamente no que toca a financiamento, muitas start-ups não viram a cara ao desafio e apostam no desenvolvimento de soluções e negócios que promovam um clima mais estável e um planeta mais saudável para todos.
Os exemplos são muitos, mas o site Inc. elaborou uma lista com start-ups internacionais que pretendem fazer a diferença neste setor através de soluções tecnológicas inovadoras.
- Carbon Engineering: Trata-se de uma start-up canadiana que pretende “retirar o dióxido de carbono do ar, através de produtos químicos especialmente concebidos para o efeito”. A empresa tem vários investidores entre os quais Bill Gates e recentemente obteve um financiamento de 68 milhões de dólares (61 milhões de euros) para construir a sua primeira unidade comercial.
- Charm Industrial: esta empresa utiliza a combustão de biomassa vegetal para criar hidrogénio, capturando os gases com efeito estufa que são produzidos no decurso do processo.
- ClimeWorks: para remover o dióxido de carbono da atmosfera, este projeto suíço usa o que designa de “Direct Air Capture”. Segundo os especialistas funciona como um grande filtro de ar que capta dióxido de carbono.
- Global Thermostat: fundada em Nova Iorque, a Global Thermostat desenvolve o mesmo tipo de produto que a Carbon Engineering. Já recebeu três rondas de financiamento de 42 milhões de dólares (37,8 milhões de dólares) entre 2010 e 2017, e, atualmente, segundo Financial Times, está numa nova ronda de financiamento de 20 milhões de dólares (18 milhões euros).
- Newlight e Carbicrete: Produzem materiais de construção, bioplásticos, no primeiro caso, e betão sem cimento, no segundo. Durante o processo de fabrico ambas removem carbono da atmosfera.
- Ocean-Based Climate Solutions: Esta start-up criou um dispositivo que estimula o crescimento de fitoplâncton nos mares, uma alga que tem a capacidade de recolher dióxido de carbono do ar e transportá-lo para o fundo do mar em forma sólida.
- Prometheus: Apoiada pelo Y Combinator, a start-up tem como objetivo construir uma máquina “que cria gás utilizável a partir do ar, e não extraído dos jazigos de petróleo no subsolo”, de acordo com o que descreve a Bloomberg.
- Silicon Kingdom Holdings: este projeto propõe-se construir um projeto-piloto capaz de captar 100 toneladas métricas de dióxido de carbono por dia e, eventualmente, desenvolver plantas em grande escala capazes de remover quase quatro milhões de toneladas por ano. O projecto foi divulgado pelo MIT Technology Review.
- Visolis: esta start-up da Califórnia usa biologia sintética para produzir materiais de alto desempenho. A empresa está a investigar a criação de microrganismos que se alimentam de carbono.
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Project Vesta: Este é um exemplo de uma organização sem fins lucrativos que está envolvida nas questões do ambiente, e que tem como objetivo “cobrir os mares com rochas vulcânicas, o que, em teoria, ajudaria a remover o carbono da atmosfera”, afirmam.