Zoe Saldana: a estrela de Hollywood que também é uma empreendedora

Zoe Saldana não só luta contra os maus da fita na sétima arte, como também combate a falta de diversidade de género no universo dos média.

Conhecida por ser vista frequentemente nos grandes ecrãs a salvar o universo – em filmes como “Avatar”, “Star Trek” e, mais recentemente, como Gamora no “Avengers: End Game” –, Zoe Saldana embarcou há um ano numa missão diferente.

Desta vez, a atriz de Hollywood embarcou numa aventura na vida real enquanto fundadora, CEO e editora da BESE, uma plataforma digital que nasceu com o objetivo de lutar contra a falta de diversidade nos média tradicionais e criar um espaço para histórias que ainda estão por contar – especialmente da juventude latina.

A estrela da sétima arte juntou-se à Chivas Venture para fazer parte do painel de jurados da Chivas Venture Global Final, que vai decorrer este mês em Amesterdão. Aqui o júri vai ouvir os pitchs de 20 empreendedores sociais e decidir os cinco vencedores que receberão um prémio repartido de um milhão de dólares (890 mil euros).

Num artigo recente do Entrepreneur, Saldana partilhou três aspetos que marcaram o primeiro ano de atuação da BESE, salientando, ao mesmo tempo, a importância de utilizar a própria voz de forma a ajudar os outros a encontrarem a sua.

O maior desafio de começar o negócio
Tal como muitos outros empreendedores, a grande dificuldade inicial da atriz foi encontrar investidores dispostos a injetar dinheiro no negócio. Como explica, foi um desafio visto que se “teve de se sentar com muitas pessoas, falar sobre a ideia e fazer com que quisessem investir na missão e não no negócio em primeiro lugar”. Contudo, salienta que estava ciente das dificuldades que teria de ultrapassar: “não me teria tornado uma empreendedora se não fosse para construir um negócio aliado a uma grande missão”.

Conselhos para os empreendedores sociais que querem causar impacto
No que toca a ajudar os empreendedores, Saldana dá um conselho bastante pragmático: “encontrem a vossa missão, definam e tornem a solução escalável, porque não podem esperar que um investidor de capital de risco apoie só a vossa missão”, visto que este tipo de veículos de investimento necessitam de responder aos seus investidores e aos números que lhes foram exigidos.

Caso consigam criar uma empresa de sucesso, “a cereja no topo de bolo é a possibilidade de melhorar o mundo. Tenham a certeza de que a vossa missão é escalável. Caso não seja, continuem a construí-la”, aconselha a atriz.

Contar histórias que não chegam aos média tradicionais
Já com um ano de atividade, Zoe Saldana acredita que o negócio que lançou não “existiria sem uma missão, que é a de contar histórias pouco representadas”, uma vez que “os média tradicionais não representam aquilo que a América é”. A atriz acredita também que esta luta deve ser levada para outras indústrias, como a “arte, lazer, negócios e ciência”.

Recorde-se que Zoe Saldana não é a primeira atriz de renome internacional a trilhar um caminho no mundo das start-ups. Também Jessica Alba e Gwyneth Paltrow enveredaram pelo universo dos negócios.

Comentários

Artigos Relacionados