Diversidade: YouTube deixou de recrutar homens brancos e asiáticos

A intenção da empresa de partilha de vídeos será aumentar tanto a diversidade de género como étnica.

O YouTube deixou de contratar homens brancos e asiáticos para posições técnicas no ano passado. Isto porque estes dois grupos não ajudam a empresa subsidiária da Alphabet a atingir as metas de diversidade.

A notícia surge a partir de um processo feito por Arne Wilberg, um homem branco que trabalhou na Google durante nove anos, quatro dos quais no departamento de recursos humanos do YouTube.

Segundo Wilberg, a Google instaurou quotas para contratar minorias étnicas. No ano passado, os recrutadores do YouTube receberam instruções para cancelar entrevistas com potenciais candidatos que não fossem mulheres ou de descendências negras e hispânicas.

Segundo noticia o Wall Street Journal, pessoas familiarizadas com o método de recrutamento do YouTube e da Google vieram argumentar a favor da ideia passada por Wilberg, incluindo o congelamento do recrutamento de trabalhadores masculinos brancos e asiáticos para áreas técnicas.

Uma porta-voz da Google referiu em comunicado que a empresa se vai defender de todas as maneiras possíveis do processo apresentado pelo antigo trabalhador. “Temos uma política clara de contratar candidatos baseados no seu mérito, não na sua identidade”, acrescentando ainda que, “ao mesmo tempo, tentamos sem qualquer desculpa encontrar diversidade nos candidatos qualificados para ocupar as vagas em aberto, visto que isto nos ajuda a contratar as melhores pessoas, melhorar a nossa cultura e construir produtos melhores”.

O processo apresentado por Wilberg enuncia que a Google o discriminou com base no seu sexo e etnia, retaliando-o com um despedimento quando ele protestou depois de se ter queixado várias vezes aos gestores do YouTube sobre as suas práticas de recrutamento dos últimos dois anos.

Segundo as leis norte-americanas, os empregadores podem tomar a iniciativa de promover a diversidade dentro de uma organização. No entanto, não podem recrutar pessoas com base no seu género ou etnia. Isto significa também que não podem ser aplicadas práticas como as quotas definidas pelo YouTube.

A notícia chega numa altura em que o mundo tecnológico está a esforçar-se para atrair mais mulheres para o ecossistema. Exemplo disso foram os 14 mil bilhetes, com custos reduzidos, disponibilizados ao público feminino da Web Summit na edição de 2017. É ainda relevante referir que a Alphabet – empresa mãe tanto da Google como do YouTube – foi apresentada como a melhor empregadora do ano de 2017.

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