Tem mais de 50 anos? Nunca é tarde para encontrar trabalho, diz dNovo 

Num ano de arranque do seu projeto de talento e empregabilidade sénior qualificada, a dNovo conseguiu que, dos 176 profissionais com mais de 50 anos apoiados, 40 regressassem ao mercado de trabalho.

A dNovo pretende triplicar o número de pessoas com mais de 50 anos, com elevada qualificação e experiência profissional e em situação de desemprego, até 2025. O objetivo é promover o seu regresso ao mercado de trabalho, sensibilizando para o aproveitamento de competências seniores nas empresas.

Em 2022, a associação acompanhou 176 profissionais qualificados desempregos na transição para um novo projeto profissional, 23% já regressaram ao mercado de trabalho, tendo contado com a colaboração de mais de 80 mentores voluntários.

“O desemprego sénior qualificado é um fator generalizado de preocupação, não só pelo impacto social que tem nas pessoas afetadas, mas também pelo desperdício de recursos humanos qualificados e de talento desaproveitado. A exclusão deste segmento na atividade laboral representa custos elevadíssimos para o nosso país, um cenário que a dNovo quer ajudar a inverter, valorizando o seu conhecimento e experiências e, ao mesmo tempo, sensibilizando o mercado para o valor destes profissionais”, explica João Castello Branco, presidente do Conselho de Administração da dNovo, citado em comunicado.

Para este ano, a associação tem como meta acelerar o crescimento do projeto, duplicando o número de profissionais apoiados e aumentando a percentagem dos que regressam ao mercado de trabalho.

Para alcançar este objetivo, reforça, “será imprescindível uma maior participação do tecido empresarial, pelo que a associação está a desenvolver um novo modelo de envolvimento de empresas, particularmente PME”.

Portugal, o segundo país mais envelhecido da UE
Portugal é o segundo país mais envelhecido da União Europeia, com cerca de 52% da população acima dos 45 anos (versus 49% para Europa), e onde a percentagem de desempregados e inativos tem vindo a crescer. Este fenómeno de envelhecimento também se verifica na população com formação superior, segmento em que a população em idade laboral, entre os 45 e 64 anos, aumentou mais de 72% ultrapassando as 563 mil pessoas, entre 2011 e 2021.

Destas, cerca de 83 mil, entre os 45 e os 64 anos de idade, estavam sem trabalho (77% optaram por sair da população ativa, desistindo de procurar qualquer tipo de trabalho). As restantes 23% (19 000 pessoas) estão no desemprego, um crescimento de 78% entre 2011 e 2021.

 

 

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