Start-ups em Portugal admitem ter sofrido ciberataques
Um inquérito promovido pela Dashlane revela que em Portugal três em cada 10 start-ups reconhece ter sido alvo de um ataque informático. O phishing lidera a lista.
A Dashlan, uma aplicação para telemóvel e computador que simplifica e protege a identidade digital (com escritórios em Lisboa, Paris e Nova Iorque), realizou, de 2 e 16 de junho, um inquérito sobre cibersegurança junto de uma amostra de 37 start-ups do ecossistema de empreendedorismo português.
Algumas das conclusões revelam que, no ano passado, 27% das start-ups sofreu ciberataques e que desses o phishing foi o mais comum, com 80% das empresas a registarem incidentes. Destas, cerca de 19% sofreu entre 1 e 5 ataques, 3% entre 5 e 10 e 5% mais de 10 ataques.
Este ano, repetiu-se a percentagem de empresas que reportou ataques informáticos (27%). Destas, 24% sofreu entre 1 e 5 ataques e 3% entre 5 e 10. O phishing voltou ser o tipo de ciberataque mais registado, seguindo dos ataques de brute force (60% , DDos e port scanning (50%). 30% das inquiridas também referiram os ataques por vírus/malware, quer em 2019 quer em 2020. Houve start-ups que também destacaram ataques de credential stuffing, ransomware, e ataque persistente avançado.
Quando questionadas sobre que tipo de soluções de cibersegurança utilizam, as start-ups destacam firewall (83%), backup (81%) e cloud (78%). Refira-se que cerca de 6 em cada 10 destas empresas utilizam um gestor de passwords.
De acordo com a pesquisa da Dashlane, devido à pandemia e aos ajustes dos processos de trabalho, 35% das start-ups aumentou preocupação com a cibersegurança. Aliás, segundo as conclusões do inquérito nenhuma das start-ups auscultadas está a pensar diminuir o orçamento direcionado para segurança, pelo menos nos próximos 12 meses. Mais de 86% vai manter o orçamento previsto e mais de 13% irá até considerar um aumento do mesmo.
Os participantes no inquérito foram ainda questionados sobre as medidas adicionais de segurança adotadas no âmbito pessoal em 2020. Cerca de 3 em cada 10 tomaram medidas adicionais de proteção da sua identidade digital desde o início do ano. A segurança das passwords surge em grande destaque. Muitos passaram a usar um gestor de passwords, outros a autenticação de dois fatores e ainda a alteração para passwords mais fortes.
O inquérito da Dashlane envolveu 37 CEO, fundadores, diretores de segurança e outros responsáveis de start-ups de diversas áreas, com escritórios em Portugal.