Start-up sueca criou um dispositivo que facilita ensino de código às jovens

Tornar o código mais acessível às jovens é o core business da start-up sueca imagiLabs. O projeto foi criado exclusivamente por mulheres e acaba de arrecadar 250 mil euros em financiamento pre-seed.
Fundada unicamente por mulheres, a start-up sueca ImagiLabs criou um dispositivo que torna acessível a aprendizagem de código e que tem como target jovens raparigas interessadas em programação e tecnologia.
O projeto denominado ImagiCharm tem uma matriz de 8×8 de luzes LED, pode ser visualmente personalizado e exibir dezenas de milhares de desenhos diferentes, como flores, animais, plantas, entre outros, possíveis de executar através da codificação Phyton, escrita por qualquer utilizador que descarregue a aplicação em iOS ou Android. Desde o lançamento da aplicação, há cerca de nove meses, já foram criados mais de 10 mil códigos na plataforma e os valores das vendas aumentaram cerca de 300% entre o terceiro e o quarto trimestre de 2020.
A valorização da start-up sueca está patente na ronda de investimento pre-seed que realizou no passado mês de fevereiro e através da qual conseguiu arrecadar um total de 250 mil euros em financiamento. Eros Resmini, fundador e sócio gerente do The Mini Fund, David Baszucki, CEO da gigante de jogos Roblox, e a Propel Capital, braço direito de investimentos da start-up Sting, foram alguns dos investidores envolvidos na ronda.
Todo o capital investido será usado para manter o crescimento internacional da empresa e também para continuar a fomentar a adesão de jovens programadoras de forma a aprenderem, partilharem dicas de programação e construírem redes de networking.
“O financiamento ajudar-nos-á na nossa missão de colocar o maior número possível de programas na nossa rede,” de forma a continuarem a inspirar mais pessoas a aprender a trabalhar com codificação e a criarem uma paixão pela mesma, desde cedo”, afirmou ao Silicon Canals Dora Palfi, cofundadora e CEO da start-up.
A ImagiLabs foi criada há três anos no âmbito dos estudos de mestrado de duas das fundadoras, Palfi e Beatrice Ionascu. Curiosamente, este é o segundo empreendimento da dupla após o lançamento da Wester, um clube estudantil que fundaram na NYU Abu Dhabi.
A start-up foi a primeira na Suécia a ser aceite no Apple’s Entrepreneur Camp e também foi selecionada para a Google for Startups, em 2019.