Start-up do mês: Bandora quer tornar 2 mil edifícios autónomos até 2024

Este mês lançámos o desafio ao Taguspark de eleger a start-up do mês. A escolhida foi a Bandora, que se dedica à transformação digital e energética de edifícios inteligentes e que foi grande vencedora da primeira edição do Pitch at the Beach em Portugal.

Impulsionar edifícios comerciais a operar com eficiência, manter os espaços confortáveis, detetar e notificar anomalias são alguns dos principais objetivos da Bandora, uma start-up portuguesa, mais comummente conhecida como um Facility Manager Virtual, que faz a operação e manutenção dos edifícios de serviços/comerciais.

Mas as funções da start-up portuguesa não se ficam por aqui. A verdade é que a Bandora, mais do que ambicionar que as cidades se tornem inteligentes, pretende que os edifícios se tornem 100% autónomos, ou seja, que não necessitem da intervenção humana para fazerem a sua gestão.

Nome da start-up: Bandora

Fundadores: Márcia Pereira e Ricardo Gomes

Atividade: A Bandora é um gestor de edifícios virtual, que automatiza a tomada de decisão relativamente à operação dos edifícios de serviços. Controla os sistemas de AVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado), nomeadamente quando ligar e desligar, qual o modo e temperatura desejada. O seu objetivo é maximizar a performance energética dos edifícios, ultrapassar a complexidade dos atuais sistemas de IoT, reduzir a supervisão humana e melhorar o conforto dos ocupantes. O primeiro cliente da Bandora conseguiu uma poupança de 63% no consumo de energia após um mês de utilização e reduziu substancialmente as queixas de desconforto dos seus utilizadores.

Volume de negócios: Prevê um crescimento de 107% para 2022 no volume de negócios, ascendendo a cerca de 400 mil euros.

Plano de negócios: A Bandora é uma solução de subscrição mensal B2B, que se destina aos edifícios não residenciais. Embora a Bandora seja comercializada diretamente ao cliente final, ou seja, ao proprietário ou arrendatário do edifício, a venda por canal foi a forma que os seus fundadores encontraram para escalar o negócio. As empresas de manutenção, de gestão de imóveis e de instalação de sistemas de controlo e automação de edifícios apresentam-se como os parceiros ideais da Bandora, explicam.

Porque merece destaque: Segundo o start-up, “a tecnologia da Bandora é única no mercado. Distingue-se pelo facto de ser uma solução agnóstica ao hardware do edifício, desde que utilizem protocolos standard e abertos, pelos modelos preditivos de consumo energético e de temperatura ambiente, que se baseia a tomada de decisão, podem ser aplicados em qualquer tipologia de edifício, desde um restaurante de uma cadeia de fast food a um escritório de média dimensão,  e pela implementação numa semana, caso compatibilização existente com o hardware”.

Outra informação relevante: A Bandora está inserida num grande consórcio no âmbito do PRR – Agendas Mobilizadoras. O projeto “Illiance”, liderado pela Bosch, foi aprovado e assinado em julho deste ano. A componente da Bandora ascende os 2 milhões de euros.

Atualmente, a Bandora possui escritório no Porto, mas também em Lisboa, nomeadamente no Taguspark, depois de ter sido vencedora do Pitch at the Beach. E está a preparar uma ronda de investimento seed, com o objetivo de reforçar a equipa de vendas. “Pretendemos pôr em prática a nossa estratégia comercial, não só em território nacional, mas também internacional. A nossa perspetiva é atingir a meta de 2000 edifícios até 2024”, explica Márcia Pereira, CEO e cofundadora da Bandora, ao Link To Leaders.

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