Spotify entra na bolsa de Nova Iorque com avaliação de 1900M€

A maior start-up da Europa vai entrar na bolsa nova iorquina com um valor de cerca de 19 mil milhões de euros. O objetivo será colmatar as falhas apresentadas pelo modelo de negócio.

O Spotify apresentou na quarta-feira a intenção de se tornar numa companhia pública. A start-up mais valiosa da Europa vai entrar na bolsa de Nova Iorque sob o nome SPOT.

Segundo os valores apresentados pela start-up sueca, cada ação foi vendida por perto de 108 euros nos mercados privados, o que perfaz um valor total de quase 19 mil milhões de euros.

Apesar de ser o líder mundial dos serviços de streaming de música, o Spotify apresentou perdas de 1,22 mil milhões de euros no final de 2017. Isto pode dever-se ao modelo de negócio pouco rentável por detrás da empresa sueca.

No documento público apresentado à Comissão de Valores dos Estados Unidos, o Spotify apresenta o seu business plan como oferecendo “serviços Premium e com publicidade. Os nossos serviços vivem de forma independente, mas prosperam juntos. Acreditamos que este modelo de negócios nos permitiu alcançar uma escala com economia de unidade atraente e é uma parte crítica do nosso sucesso”.

Com os valores dos direitos de música que a start-up tem de pagar aos artistas que disponibilizam o seu conteúdo na plataforma, e com a falta de conteúdo original, parece não haver solução para atingir o equilíbrio económico com o plano atual.

No documento para entrada na bolsa, o Spotify apresentou receitas para 2017 de 4,1 mil milhões de euros. Neste sentido, é relevante referir que os royalties pagos aos artistas – e respetivas distribuidoras – neste mesmo ano foi perto de oito mil milhões.Ou seja, as receitas têm potencial de crescimento na eventualidade de haver uma negociação mais eficaz com os artistas que disponibilizem conteúdo na plataforma.

Alguns analistas referem ainda a hipótese de fazer crescer os atuais 71 milhões de membros pagos e os 151 milhões de utilizadores mensais que trazem receitas via publicidade. Apesar de ter sido um dos primeiros grandes serviços de streaming, a start-up sueca tem a Apple Music e a Amazon Prime no encalce.

A Apple já conta com 36 milhões de subscritores (pagos) no seu serviço e tem apresentado um crescimento neste campo superior ao do Spotify. A compra da aplicação mobile Shazam por 340 milhões de euros, em dezembro do ano passado, pela tecnológica norte-americana, reforça a ideia de que a Apple quer competir com a maior start-up europeia.

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