Simulação do futuro: homem passa uma semana em realidade virtual

“Isto é possivelmente a coisa mais idiota que já fiz, mas bem-vindos a uma semana no futuro.”
A realidade aumentada e virtual pode vir a mudar a forma como trabalhamos, interagimos e passamos os nossos tempos livres. Embora pareça um cenário futurista que só estará disponível daqui a décadas, a verdade é que já existe tecnologia capaz de nos colocar num escritório virtual, numa sala de cinema para assistirmos a um filme com amigos que estão do outro lado do mundo ou mesmo dentro de um jogo.
As possibilidades parecem ser infinitas e esse poderá vir a ser o principal desafio que estes aparelhos colocam ao ser humano: a escolha entre o mundo físico e o digital.
Como será um futuro onde uns óculos representam a linha ténue que separa a realidade e a ficção? Para descobrir isto, Jak Wilmot, cofundador do estúdio de realidade virtual Disrupt VR, passou 168 horas consecutivas (uma semana) num headset de realidade virtual. “Isto é possivelmente a coisa mais idiota que já fiz, mas bem-vindos a uma semana no futuro”, refere Wilmot no início do vídeo. Para tornar a experiência ainda mais futurista, a semana foi toda transmitida em direto na Twitch – o site de livestreaming da Amazon.
As regras eram simples: a cada mudança de aparelho, Wilmot tinha de fechar os olhos e as janelas tinham de estar tapadas para que o ciclo do seu corpo não dependesse de luz natural. O headset deixava-o ver o mundo real através de uma câmara que transmite – apesar de em má qualidade – o ambiente em redor.
Mesmo na cama, na altura de dormir, o aparelho tinha de estar ligado. Surpreendentemente, Wilmot afirma que a experiência de sono foi mais agradável do que antecipava.
Na realidade, parece ser uma nova forma de ver e interagir com um mundo ainda desconhecido para muitos. A capacidade de decidir e moldar o que vemos muda por completo as regras do jogo. “Se estiver a sentir-se stressado, pode descarregar um ambiente natural por dez minutos e relaxar”, mas se, por outro lado, se estiver a sentir “energético, pode libertar alguma energia num jogo de fitness. Estas são as novas regras da realidade em que me meti. Esta tudo no headset”, explica.
A realidade virtual é aquilo que queremos que ela seja, explica Jak Wilmot, “é muito fácil encontrar a própria tribo, fazer amigos, comunicar com os outros através de um ambiente virtual, onde já não é preciso uma janela digital [como um monitor] […] Para mim, isto é a realidade virtual – conexão”.
Confira, na primeira pessoa, a experiência completa e as conclusões no vídeo abaixo.