Quer obter financiamento do Google? Siga estes cinco conselhos.

Google reserva milhões de dólares para repartir em programas de financiamento de start-ups e parcerias de capital de risco. Conheça os conselhos que a diretora de Parcerias com Start-ups e Empresas de Capital de Risco do Google na região EMEA dá a quem quer trabalhar com o motor de busca.

Desde 2016, Rachael Palmer é responsável por supervisionar a estratégia de negócios do Google com capitalistas de risco e start-ups na Europa, Oriente Médio e África.

Alguns dos seus sucessos recentes incluem o lançamento de um fundo de 2 milhões de dólares (1,7 milhões de euros) para fundadores negros na Europa e um programa semelhante de 3 milhões de dólares (2,6 milhões de euros) em África.

“A minha função é concentrar-me em conduzir negócios com os principais capitalistas de risco e start-ups da região, mas também trabalhar em iniciativas para mover o ecossistema para um lugar melhor”, disse Palmer.

O Business Insider falou com Palmer sobre os conselhos que daria a quem está interessado em trabalhar com o Google e estas foram as suas respostas.

1. O que ganham os utilizadores do Google?
Se é um fundador de uma start-up e quer contar com um investimento do Google, Palmer diz que o seu melhor conselho é “certificar-se de que realmente tem algo a oferecer ao Google e aos seus utilizadores”. Isso porque os utilizadores permanecem “no centro de tudo o que fazemos”, argumenta Palmer.

“Conheço muitas start-ups que desejam que o seu conteúdo ou produto seja integrado na nossa ferramenta de buscas”, diz.

2.Questione-se: “Os valores da minha empresa correspondem aos do Google?”
Palmer afirma que quer saber “qual é o DNA de uma empresa” quando procura potenciais parceiros entre investidores e start-ups. “Importo-me realmente com os valores e como vão ao encontro dos do Google”, esclarece a responsável.

“Na pré-Covid, eu gostava de visitar escritórios, porque posso descobrir muito sobre uma empresa e ver onde e como  funciona”, conta.

3. Os investidores devem pensar seriamente sobre diversidade
Quando se trata de escolher um parceiro de investimento para fazer negócios, Palmer diz: “Obviamente, preocupo-me muito com a sua capacidade de escolher vencedores, mas também com a sua perspetiva sobre a diversidade”.

As duas questões que Palmer coloca sempre é: “Eles são bons parceiros para nós neste espaço?; Eles estão a fazer algo para transformar o ecossistema?”

4. Deve pensar tanto no local como no global
“Sempre fiquei impressionada com as estratégias de mercado das start-ups sediadas na região EMEA. Muitas delas começam com uma mentalidade em expansão geográfica”, afirma Palmer, acrescentando que “as start-ups costumam estabelecer-se nos seus países de origem para criar rapidamente o modelo de expansão, tornando-se especialistas na localização dos seus produtos, desenvolvendo acordos locais e lidando com questões regulatórias em diferentes mercados”.

“Esse aspeto é fundamental para crescer proporcionalmente e tornar-se num unicórnio na região”, revela.

5. Haverá competição
Quando é uma empresa grande como o Google, não faltam fundadores e investidores rivais que demonstrem interesse em trabalhar consigo. Relembrando a iniciativa do Google de apoiar fundadores negros em 2021, Palmer observa que “na Europa tínhamos quase 800 aplicações em 18 países e quase 3 mil em 36 países na África.

Por fim, reitera, é importante lembrar que “o que realmente procuramos nos nossos parceiros depende do tipo de associação”. E esclarece: “Às vezes estamos a desenvolver novos produtos e precisamos da opinião do mercado, então procuramos uma vertical específica e, portanto, um determinado tipo de investidor ou start-up”.

“Se, em vez disso, estamos a trabalhar na integração de produtos, as nossas equipas costumam procurar start-ups que estão numa fase um pouco mais avançada e que obtiveram um produto ou adequação ao mercado”, acrescenta.

“Para uma associação comercial, queremos que os benefícios sejam mútuos, para nós e para a start-up”, conclui a responsável.

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