Profissionais continuam a preferir trabalho remoto

O trabalho remoto é  preferido pelos profissionais e impulsiona a produtividade, revela o estudo da Michael Page.

De acordo com os resultados de um estudo realizado pela Michael Page, cerca de 85% dos profissionais reconhecem que o trabalho remoto tem um efeito positivo na produtividade, enquanto 77% afirmam que isso contribui para a sua saúde mental. Quando questionados sobre a colaboração e o trabalho em equipa, menos de metade admitiu não ter qualquer efeito negativo, e apenas 18% considera que o trabalho remoto prejudica essa colaboração.

Estas são algumas das conclusões da análise efetuada pela empresa de recrutamento (e que contou com a participação de 463 profissionais em Portugal), uma análise que revelou também que os gestores têm uma visão mais conservadora sobre o impacto do trabalho remoto na produtividade da empresa e na colaboração e dinâmica das equipas. Ou seja, a relação entre o trabalho remoto e a produtividade ainda continua a gerar divergências entre gestores e colaboradores, já que enquanto 71% dos colaboradores acreditam que trabalhar mais dias a partir de casa é uma solução eficaz para melhorar a produtividade, 45% dos gestores discordam dessa afirmação.

Além da preferência pelo trabalho remoto, os dados apurados mostram que este modelo tem um impacto positivo no desempenho e gestão do trabalho (83,6%), equilíbrio entre a vida pessoal e profissional (90,1%) e desenvolvimento profissional (64%).

Essa tendência é especialmente acentuada entre os profissionais mais jovens, concretamente com 95,5% com menos de 30 anos, a afirmar que o trabalho remoto melhora a sua produtividade, além de favorecer o envolvimento com a empresa e a colaboração e trabalho em equipa (54%).

A análise da Michael Page revela igualmente alguns fatores associados ao trabalho remoto identificados pelos inquiridos. Por exemplo, 98% dos candidatos em Portugal afirmam que conseguem concentrar-se melhor em casa, enquanto 88% mencionam uma gestão de tempo mais eficiente. Por sua vez, 68% sentem-se menos distraídos pelas conversas informais que são comuns no ambiente presencial.

Quando questionados sobre o que impulsiona a sua produtividade, mais de 77% dos profissionais referem a importância de ter objetivos e expetativas claramente definidos. 62% apontam a necessidade de uma remuneração justa.

Já para os profissionais que ocupam funções de gestão, o trabalho remoto é encarado como um obstáculo em alguns aspetos. 24% dos gestores acredita que o trabalho remoto prejudica a colaboração, contra 52% dos profissionais que não ocupam cargos de gestão que acreditam que este modelo de trabalho melhora a cooperação.

No item das relações interpessoais, apenas 35% dos gestores considera que o trabalho remoto melhora a relação com os colaboradores, contrastando com 55% dos colaboradores que têm uma perceção diferente. Cerca de um terço dos gestores vê o trabalho remoto como prejudicial para o relacionamento da equipa, enquanto apenas 19% dos profissionais sem funções de gestão partilham dessa opinião.

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