Portugal Tech II arranca com 100 milhões de euros

Pedro Siza Vieira, ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, e Ricardo Mourinho Félix, vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), anunciaram ontem no Web Summit o lançamento do Portugal Tech II.

A segunda edição do Portugal Tech vai arrancar com 100 milhões de euros, anunciaram ontem no Web Summit o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, e o vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Ricardo Mourinho Félix. O novo programa terá uma dotação nacional de 50 milhões de euros, aos quais acrescem mais 50 milhões de euros de recursos europeus.

De acordo com a informação revelada, no total o Portugal Tech II visa mobilizar 250 milhões de euros de investimentos em capital de risco para apoiar projetos de transferência de tecnologia de universidades para o mercado, e também start-ups de base tecnológica e de elevado potencial em áreas como a inteligência artificial, machine learning, fintech, health tech e cibersegurança.

Desenvolvido pelo Fundo Europeu de Investimento (FEI), parte integrante do Grupo BEI, em cooperação com o Banco Português de Fomento (BPF), este programa tem como objetivo apoiar o desenvolvimento da indústria de capital de risco em Portugal e teve a sua primeira edição em 2018.

Agora a segunda edição do Portugal Tech selecionará fundos de capital de risco geridos por equipas privadas portuguesas com track-record relevante nos segmentos de venture capital, transferência de tecnologia e aceleração, que demonstrem ser capazes de levantar capital junto de investidores privados e institucionais.

Pedro Siza Vieira afirmou que “o alargamento do programa Portugal Tech é prova do sucesso da parceria com o FEI, que permite agora reforçar o compromisso português com o vibrante ecossistema tecnológico em Portugal, garantindo que os fundadores das empresas continuam a ter acesso a financiamento adequado, a obter investimento privado e a atingir fases de maior crescimento”. O ministro frisou ainda que “o Portugal Tech continuará a apoiar um ambiente onde a tecnologia e a inovação desempenham papéis centrais na transformação da nossa economia”.

Pedro Siza Vieira salientou ainda na apresentação do Portugal Tech II que se Portugal tem atualmente cinco unicórnios isso deve-se em parte ao facto de, no seu início, essas empresas terem tido o apoio de investimento público. “É muito importante que continuemos a alimentar este sistema”, explicou.

O FEI encontra-se já a analisar propostas de fundos de capital de risco no âmbito do Portugal Tech II. As candidaturas deverão ser submetidas na sua plataforma online. O primeiro fundo a ser investido pelo programa deverá ser anunciado em 2022.

Este programa, refira-se, dá continuidade às parcerias de capitalização FEI – BPF lançadas nos últimos três anos, onde se incluem os programas Portugal Tech I, Portugal Growth e Portugal Blue. Refira-se que o Portugal Tech I ajudou a financiar através dos seus fundos, que ainda se encontram em fase de investimento, empresas de base tecnológica como, por exemplo, a Bizay, a Sword Health, a Tonic App, a iLof, a Unbabel, a Infraspeak, a Casafari, a Anchorage, a Student Finance, a Barkyn, a Findster, a Codacy, a Raws, a Ydata ou a Eattasty.

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