Entrevista/ “Os business angels ajudam-nos a começar, mas são os VC que nos levam à meta”

Joao Paulo Rodrigues, CEO da Xhockware

Em entrevista ao Link To Leaders, o CEO da Xhockware fala do que foi determinante para terem conseguido angariar 900 mil euros no último ano e deixa conselhos às start-ups portuguesas, na hora de escolherem a sua fonte de investimento.

A Xhockware levantou 900 mil euros de investimento em 2016, sendo a “menina dos seus olhos” a YouBeep, uma solução para compras no mobile que promete ajudar os compradores a poupar tempo e dinheiro e os vendedores a melhorarem o serviço aos seus clientes.

O que alcançaram antes do vosso último levantamento de capital, que foi determinante para a angariação deste valor?
Conseguimos comprovar o real interesse do mercado, com ações piloto junto de potenciais clientes relevantes.

Qual deverá ser a forma de pensar de um empreendedor, quando o objetivo é criar uma empresa com apoio de um fundo de investimento?
Ser resiliente, com capacidade para gerir as expetativas e a informação.

Que grande erro pode um empreendedor cometer durante o processo de angariação de investimento?Não perceber quando é a altura certa para procurar investimento (demasiado cedo ou demasiado tarde).

Que dica dá aos empreendedores que lhe perguntam: “Não conheço nenhuns investidores. Como consigo ter contacto com eles?”
É preciso perceber os que estão interessados em nós e enviar-lhes um email a solicitar uma reunião.

Um “segredo para o sucesso” em conseguir investimento, enquanto start-up portuguesa?
É preciso ter-se um bom projeto, isto é, produto, equipa e atitude.

Quais as diferenças que um principiante deverá perceber quanto ao investimento proveniente de business angels, venture capitals ou de investidores estratégicos?
Os business angels irão ajudá-lo a começar, mas serão os venture capitals que o levarão até à meta.

O que ter em conta quando se escolhe um investidor?
Deve-se procurar um investidor com uma estratégia e pontos de vistas sobre o negócio o mais próximos possíveis dos nossos.

O que evoluiu no panorama das start-ups portuguesas em 2016?
O empreendedorismo está a tornar-se numa opção, principalmente para os mais jovens, à medida que surgem novos e mais acessíveis investimentos.

Que mudança no mundo gostaria de ver acontecer relativamente ao cenário das start-ups portuguesas em 2017?
O reconhecimento internacional do real valor das equipas e produtos portugueses, e mais pontes de ligação entre as start-ups portuguesas e as inglesas/norte-americanas.

Enquanto empreendedor, qual o conselho que lhe deram e que se revelou mais útil até hoje?
Não negoceie muito. Pegue no dinheiro e desenvolva a estratégia do seu negócio.

 

Nota: Entrevista concedida pelo Startup Report Portugal

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