Opinião

O impacto da diplomacia nos negócios

Vasco Ribeiro, comentador e especialista em diplomacia

A diplomacia nos negócios assume um propósito cada vez maior – tanto no presente quanto futuramente, na forma como as empresas se posicionam, relacionam e competem no mercado, cada vez mais global, quer seja interno ou externo.

Enquanto instrumento que é – a diplomacia, quando devidamente aplicada a nível empresarial, contribui com um leque de benefícios para as organizações/empresas. Por conseguinte, a diplomacia deve ser uma prioridade para, sobretudo, as grandes empresas, grupos empresarais e multinacionais, devendo por tal ocupar um lugar estratégico e tático nas agendas e planos anuais de ação.

A integração da diplomacia nos negócios é essencial e fundamental para construir relacionamentos económicos, empresariais e comerciais a médio-longo prazo, contribuindo para a coopetição e competitividade eficientes e eficazes. Na realidade, muitos são os benefícios e vantagens da incorporação de práticas diplomáticas nas empresas/organizações, tais como:

  1. Resolução de Conflitos: resolução de conflitos de forma pacífica e eficaz entre os shareholders (board/colaboradores/equipas) e stakeholders (clientes, parceiros, fornecedores);
  2. Gestão de Relacionamentos Positivos: construção de relacionamentos sólidos, duradouros e benéficos com os shareholders e stakeholders;
  3. Imagem Positiva e Credível: criação, desenvolvimento e promoção de uma imagem positiva nos mercados onde se atua, contribuindo para a construção de uma reputação exemplar;
  4. Negociação Eficaz: a habilidade de compreender as necessidades das partes envolvidas é crucial para atingir níveis de negociação mutuamente mais, baseados em acordos e protocolos.
  5. Adaptação a Diferenças Culturais: Em ambientes empresariais de amplitude global, torna-se vital lidar com as diferenças culturais, através da compreensão e respeito pelas práticas culturais em contextos internacionais.
  6. Gestão de Crises: as organizações/empresas enfrentam situações e contextos de crise e incerteza. Como tal, a sapiência na minimização de danos, problemas, com foco na remediação, ajuda a recuperar/manter o grau de confiança.
  7. Inovação e Colaboração: ambientes cooperantes e tolerantes incentivam à inovação e à colaboração entre pares, com base no fomento e partilha de ideias e projetos em conjunto/equipa.
  8. Cumprimento de Regulamentações: legalmente aplicável em muitos setores, ramos e áreas de atividade (nacional e internacionalmente), com o intuito de saber lidar com autoridades e entidades reguladoras, no cumprimento das normas/portarias/decretos-lei sem que haja lugar a relações conflituosas.

Vasco Ribeiro é doutorado em Ciências Empresariais (Universidade Fernando Pessoa, Porto), em Turismo (Universidade de Sevilha, Espanha), e pós-doutorado em Gestão da Inovação no Turismo de Luxo (Universidade de Aveiro) e em Marketing Ético nos Hotéis de Luxo (CiTUR – Politécnico de Leiria). É chefe do gabinete de Diplomacia e Protocolo Empresarial da Rede do Empresário, Docente universitário no ISLA Santarém, conselheiro editorial da Diplomacy and Business Magazine e comentador/analista de TV (informação) em assuntos de Protocolo e Turismo. Frequenta ainda o Programa Avançado em Diplomacia na Universidade Católica, Lisboa.

É ainda o autor dos livros “Etiqueta & Protocolo na Hotelaria de Luxo” (2017) e “Etiqueta Moderna” (2019) e “O Anfitrião Modelo: guia prático de bem atender, receber e servir no setor do turismo” (2023), e coordenador dos livros “Gestão de Empresas com Pessoas a Bordo” (2022) e “Gestão de Pessoas no Lazer, Animação Turística & Eventos” (2022).

Comentários

Artigos Relacionados