Novo estudo indica que 76% dos chefes são tóxicos

76% dos inquiridos de um estudo norte-americano afirmaram ter, ou já terem tido, um chefe tóxico. Conheça quatro formas de evitar ser um destes líderes.

Um novo estudo da Monster.com revelou que 76% dos colaboradores dizem ter – ou já terem tido – um chefe tóxico. Outro relatório, feito pela Gallup, indicou que 50% dos empregados já se despediram de uma empresa para poderem “fugir” de pessoas tóxicas nos cargos de chefia.

A verdade é que este tipo de liderança não se traduz apenas em problemas na vida profissional, como fica patente num outro estudo internacional que revela que esta toxicidade pode mesmo deixar os colaboradores doentes.

Já detalhámos, em artigos anteriores, algumas formas de lidar com esta circunstância. No entanto, Scott Mautz, keynote speaker e autor de livros como “Find the Fire” e “Make it Matter”, aprofundou o tema recentemente num artigo publicado na revista Inc., onde dividiu os chefes tóxicos em quatro categorias. Além disto, desenvolveu as respetivas formas de evitar ser um deles com base no estudo da Monster.com.

  1. “O meu chefe tem fome de poder”

Este foi o comportamento mais citado pelo estudo. 26% dos inquiridos revelaram ter um chefe que está sempre à procura de subir na hierarquia da empresa, de forma a ter mais poder.

Segundo Mautz, esta conduta não traz o poder que estas pessoas procuram, visto que este não resulta do cargo ocupado, mas sim da influência pessoal que um indivíduo é capaz de exercer.

  1. “O meu chefe é um microgestor”

Ninguém gosta de microgestores – pessoas que tentam gerir todos os processos, componentes e pequenas tarefas de um negócio.

As pessoas que estão à frente de uma equipa devem ser macrogestores. Em vez de perderem tempo a controlar o trabalho dos seus colaboradores, estes chefes devem delinear o percurso e a estratégia que a empresa tem de seguir. Além disto, quanto mais autonomia for atribuída aos empregados, maior a sua satisfação profissional.

  1. “O meu chefe está sempre ausente”

Segundo Mautz, há dois tipos de chefes nesta categoria: os que não querem saber e os que acreditam que, na realidade, estão a dar autonomia e a fazer um bom trabalho.

Em relação ao primeiro grupo, o keynote speaker afirma que é impossível fazer alguma coisa, mas que o segundo grupo apresenta um erro comum solucionável.

Para não cair neste erro, Mautz afirma que não basta dar autonomia aos colaboradores. Os líderes precisam de introduzir o que o autor chama de “autonomia inteligente”, ou seja, são dados parâmetros desta componente – delegando trabalho -, mas que têm de ter a certeza que o ciclo de comunicação se mantém.

  1. “O meu chefe é incompetente”

O autor afirma que é complicado arranjar um antídoto para a incompetência. Contudo, conclui que uma das  formas de melhorar esta situação passa por pedir feedback às pessoas que o rodeiam. Num dos seus livros, intitulado “Make it Matter”, Mautz descobriu que menos de 20% dos gestores pede pareceres sobre o seu trabalho.

A dica de Mautz consiste em desenvolver relações de confiança, onde é possível pedir críticas sobre o seu trabalho sem que a sua posição seja colocada em causa.

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