Novas ou velhas? Mulheres veem idade como obstáculo na carreira.

Um estudo realizado em seis países mostrou os preconceitos que as profissionais enfrentam ao procurar um novo emprego. Depois da idade, surge a raça como principal obstáculo.

74% das mulheres acredita que o preconceito e a discriminação continuam a ser um obstáculo para encontrar trabalho, aponta um estudo realizado a 6 mil profissionais atualmente empregadas em seis países (Brasil, China, México, Reino Unido, Índia e Estados Unidos).

O estudo realizado pela Pearson conclui que 65% das mulheres sentem que a idade é um obstáculo na hora de se candidatarem a um lugar de trabalho. O problema é visto como maior na faixa etária acima dos 55 anos (87%), mas também é sentido entre as mulheres com menos de 24 anos. Entre a geração X, nascidas entre 1965 e 1980, esta perceção é registada por 80% das mulheres. Para as que têm entre 25 e 40 anos, as millennials, a preocupação aparece entre 55%.

O estudo sugere que apenas uma faixa muito pequena de mulheres garante que vai para uma entrevista de emprego sem se preocupar com a idade.

No entanto, a idade não é o único fator que pode influenciar o crescimento profissional. Outros preconceitos aparecem na lista. Entre a geração X (1965-1980), 43% vê a raça como outro obstáculo quando o assunto é carreira e trabalho e 52% evidencia o género.

Desenvolver a liderança é uma das capacidades mais importantes para as mulheres, revela o estudo. Liderança (20%), gestão de tempo (18%), comunicação oral e escrita (18%) e trabalho em equipa (18%) são as principais características a serem desenvolvidas quando se trata do futuro da carreira das mulheres. Todavia, enquanto as mais jovens, millennials e genZ, dão valor à capacidade de liderar, as mulheres das gerações anteriores valorizam a colaboração e o trabalho em equipa como grandes qualidades profissionais.

O estudo contou com a participação de mulheres a partir dos 18 anos, que foram entrevistadas entre agosto e setembro de 2021.

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