Negócios do mês: Livraria Lello e Corticeira Amorim foram às compras

A Livraria Lello formalizou a compra do Teatro Sá Bandeira por 3,5 milhões de euros, com a assinatura da escritura. Já a Corticeira Amorim comprou mais 30% da produtora sueca de tops de madeira para rolhas capsuladas, utilizadas por grupos da indústria de bebidas espirituosas, a Elfverson & Co AB.

Livraria Lello compra Teatro Sá da Bandeira para projecto multicultural
A Livraria Lello comprou o Teatro Sá da Bandeira em maio do ano passado, mas a escritura foi celebrada recentemente entre a autarquia e a livraria A Lello promete obras de restauro e um projeto que vai manter a função cultural do Teatro.

Aurora Pedro Pinto, administradora da Livraria Lello, adiantou que a ideia para o Sá da Bandeira é ter um “espaço multicultural”. Também disse que “o projeto ainda não foi estruturado” e que vão falar com “arquitetos e entidades para ajudar” na intervenção.

O valor da compra, 3.5 milhões de euros, foi pago esta semana na tesouraria municipal, antes da assinatura da escritura, que decorreu nas instalações da livraria, na Rua das Carmelitas, e na qual também participou o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.

“Sabemos que fica em boas mãos. Tivemos a sorte de ter empresários da cidade a quererem apostar na Cultura. Num S. João triste, este é o momento mais importante da festividade este ano”, referiu o autarca, aludindo às restrições impostas às celebrações são-joaninas, em virtude da pandemia de covid-19.

“Amar a Lello, o Sá da Bandeira e o Porto está na raiz no nosso projeto. Queremos que a cidade recupere o seu fulgor para ser um destino de referência. O Teatro, a mais antiga sala de espetáculos, é uma jóia. A sua compra é uma prenda da Livraria Lello à cidade e a todos nós!””, exclamou Aurora Pedro Pinto.

Rui Moreira disse confiar que “a Cultura é um bom negócio” e que o “caminho é por aqui”, conforme ilustra o sucesso da Livraria Lello. O autarca aproveitou para salientar que “a cidade não está gentrificada” e que, prova disso, é que “os estrangeiros que cá vêm sentem-se no Porto”. Referiu, ainda, que o Teatro Nacional, São João, o Teatro Municipal, Rivoli, e o Sá da Bandeira, nas mãos dos privados, podem complementar-se.

Corticeira compra mais 30% de empresa sueca e fica com a totalidade
A Corticeira Amorim adquiriu, através da participada Amorim Bartop, mais 30% da empresa sueca Elfverson & Co AB. Com esta operação, a empresa portuguesa fica assim com a totalidade da produtora de tops de madeira para rolhas capsuladas, utilizadas por grupos da indústria de bebidas espirituosas, sendo que tinha já adquirido 70% em janeiro de 2018.

Estes 30% que sobravam da empresa Elfverson & Co AB eram detidos por uma sociedade sueca, que, nos termos do acordo celebrado em janeiro de 2018, acionou a sua opção de venda por um montante de 1,92 milhões de euros, adianta a Corticeira Amorim, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Na altura, a empresa portuguesa adquiriu 70% do capital social da Elfverson por 5,5 milhões de euros. No acordo, ficou definido que “sobre os restantes 30% recai uma opção de venda por parte da vendedora (a sociedade sueca Vätterledens Invest AB) e uma opção de compra por parte da Amorim Bartop – Investimentos e Participações, S.A., exercíveis a partir de 2020”.

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