Maioria dos jovens portugueses tem planos para o futuro… falta-lhes financiamento

Entre países como a Bélgica, Itália e Reino Unido, Portugal é o que tem a perceção mais negativa em relação à banca, com apenas 21% dos jovens a manifestar plena confiança, revela estudo.
Portugal é o país onde o setor bancário tem a perceção mais negativa, com apenas 21% dos jovens a manifestar plena confiança, ou seja, menos 11 pontos percentuais (p.p) do que a média registada na Bélgica, República Checa, Itália, Roménia e Reino Unido, segundo o estudo internacional do Observador Cetelem “Ser jovem hoje: que caminhos para a independência”.
Apesar dos resultados, os jovens recorrem a estas entidades para se financiarem: 79% dos jovens portugueses – sobretudo os jovens ativos e que vivem sozinhos – admitem ter planos para o futuro, apesar de não terem financiamento.
O plano mais prioritário para 61% dos jovens portugueses passa por mudarem de casa ou comprarem um apartamento/casa, algo que se verifica mais entre inquiridos do sexo feminino, entre os 25 e os 30 anos, e os que atualmente se encontram empregados. Seguem-se os planos de viagem (48%), mais desejados pelos jovens entre os 18 e os 24 anos, os que estão à procura do primeiro emprego ou que ainda estudam – e os planos para ter um carro, uma mota, etc. (43%).
Para encontrar informação sobre como obter financiamento para a realização destes projetos, os jovens recorrem maioritariamente à família (65% dos portugueses vs. 52% a nível europeu) e, apesar das apreensões, 56% dos jovens portugueses admitem dirigir-se aos especialistas financeiros (bancos tradicionais, instituições de crédito ao consumo) para tirar dúvidas e obter mais informação. A família (63%) continua a ser também a primeira fonte para pedirem financiamento para um projeto, seguida pelas instituições especialistas sector bancário e financeiro (53%).
Ainda de acordo com o estudo, os jovens têm a economia digital (internet, social media, start-ups) muito em conta, com cerca de 78% dos jovens portugueses com uma perspetiva positiva sobre a internet – mais 11 p.p. face à média europeia -, 55% sobre as start-ups e 54% relativamente às redes sociais. Nesta esfera da economia digital, o ponto mais negativo vai mesmo para os influenciadores das redes sociais que recolhem apenas 32% dos votos positivos.
As PME, depois da Internet, é a opção que reúnem mais opiniões positivas dos jovens portugueses (68% em Portugal vs. 58% média europeia).