Maioria dos consumidores dá prioridade a sites e retalhistas com entregas amigas do ambiente

O “Barómetro e-Shopper 2021”, da DPD, mostra que o comércio eletrónico e a sustentabilidade estão a dominar as mudanças dos hábitos de compra dos portugueses. Verifica-se que os cacifos (ou lockers) surgem pela primeira vez como opção para entrega de encomendas, representando já 3% das preferências dos compradores online (e-shoppers)

43% dos portugueses que compram online estão dispostos a pagar mais por produtos amigos do meio ambiente. Esta é uma das conclusões do Barómetro e-Shopper 2021, da DPD, empresa de transporte expresso, divulgado hoje.

No mesmo inquérito, onde participaram 1050 consumidores portugueses que tenham feito compras online desde janeiro de 2021, conclui-se que cerca de 82% dos consumidores digitais regulares defendem que as marcas devem ser ambientalmente responsáveis, mas apenas 50% destes consumidores garantem que compram produtos amigos do ambiente sempre que possível, e 43% estão dispostos a pagar mais por produtos e serviços que respeitem o ambiente.

Portugal coloca-se assim acima da média europeia na percentagem de consumidores que valorizam as marcas e empresas que conduzem negócios ambientalmente responsáveis  – a fatia de 82% em Portugal compara com uma média europeia de 69% – e mesmo entre aqueles dispostos a pagar mais os 43% de portugueses têm uma maior representatividade que os 41% da média europeia.

No que diz respeito às entregas, 65% destes consumidores consideram que escolher alternativas de entrega amigas do ambiente é “importante”, e 70% afirmam mesmo que seria mais provável optarem por um serviço com opções de entrega amigas do ambiente. Para a maioria (58%) entregas “verdes” são aquelas que vêm à boleia de veículos de baixas emissões poluentes.

E estarão os portugueses suficientemente bem informados para identificarem os produtos que são realmente verdes? “Na era digital em que vivemos, temos a mais-valia de ter um acesso facilitado a toda a informação, mas é preciso saber filtrá-la e olhar de forma crítica”, assinala o presidente executivo da DPD Portugal, Olivier Establet.

Mas não é só a sustentabilidade que move os consumidores que compram nos canais digitais. A poupança de tempo é outro dos fatores decisivos na hora da compra – 86% acredita que despende menos tempo quando faz aquisições por via digital, e 66% sente que este processo é menos stressante do que num espaço físico. Ao mesmo tempo, 69% afirma que as compras digitais saem mais baratas.

O número de clientes que fazem compras digitais regulares aumentou 11% desde o início da pandemia, calcula a DPD. Um aumento que é mais acentuado na faixa etária entre os 30 e os 39 anos. Cerca de 46% dos consumidores que usam o digital para adquirir produtos compram online, pelo menos, uma vez por mês. Em Portugal, 85% mostram-se satisfeitos com a experiência de compra online, superando a média europeia, de 73%.

Ao nível das categorias de consumo, o destaque vai para os Frescos e Bebidas, que registaram um aumento de 16% face a 2019. Atualmente, 35% dos compradores digitais portugueses regulares compram produtos desta categoria via online.

Os artigos de Mercearia e de Calçado foram as outras duas categorias que mais cresceram (10% e 8%, respetivamente). Ainda assim, e de acordo com os resultados do barómetro, os produtos de Moda continuam a ser o tipo de bens mais comprados online (61% do total), seguidos dos produtos de Beleza/Saúde (51%) e Livros (46%).

Cacifos inteligentes: surgem como opção de entrega de encomendas
Os cacifos são mencionados, pela primeira vez, enquanto opção para entrega de encomendas, representando a preferência de 3% dos compradores digitais regulares em Portugal. No entanto, a entrega ao domicílio é a opção mais adotada (84% das vezes), seguida das entregas no local de trabalho (30%), na loja do retalhista (12%) e numa loja de proximidade (10%).

Algumas das características mais valorizadas no processo de entrega são receber informação em tempo real sobre a sua entrega; saber a janela horária de uma hora de entrega; e selecionar, antecipadamente, o dia e a janela horária de uma entrega.

Para o estudo foram inquiridos consumidores digitais com mais de 18 anos, de 21 países europeus e que tenham encomendado bens físicos via digital desde janeiro de 2021. Em Portugal, o relatório contou com um total de 1050 entrevistas.

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