Lisboa é a 39.ª cidade europeia mais cara para expatriados

A capital portuguesa é a 117.ª cidade no mundo mais cara para expatriados, descendo oito posições face ao resultado obtido em 2022, de acordo com o estudo “Custo de Vida 2023”, divulgado esta terça-feira pela consultora Mercer.

À semelhança do ano anterior, Hong Kong ocupa o primeiro lugar na lista de locais mais caros para trabalhadores expatriados. Na segunda posição surge Singapura, que subiu seis lugares em comparação com o ano anterior. O top 5 é completado por três cidades suíças: Zurique, Genebra e Basileia, revela estudo da Mercer.

Berna (7.º) e Copenhaga (9.º) também aparecem nos primeiros dez do ranking. Londres (17.º), Viena (25.º), Amesterdão (28.º), Praga (33.º), Helsínquia (34.º), Paris (35.º), Berlim (37.º), Munique (38.º) e Bruxelas (41.º) são as cidades europeias que se seguem. Roma aparece na 59.ª posição, Barcelona na 75.ª e Madrid na 83.ª.

Atrás de Lisboa surgem capitais como Vilnius (123.º, Lituânia), Belfast (125.º, Irlanda do Norte), Bucareste (142.º, Roménia), Liubliana (143.º, Eslovénia), Zagreb (146.º, Croácia), Tiranda (153.º, Albânia), Budapeste (161.º, Hungria), Sófia (168.º, Bulgária), Varsóvia (170.º, Polónia), Belgrado (175.º, Sérvia), Skopje (200.º, Macedónia).

Outra conclusão do estudo é que o aumento do modelo de trabalho remoto e flexível, a crescente tensão política e a inflação estão a impactar a compensação dos colaboradores, o que está a levar as empresas a repensarem a sua estratégia de atração e retenção de talento.

O estudo sublinha ainda que os fatores que afetaram a economia em 2022, nomeadamente a guerra na Ucrânia, as flutuações das taxas de câmbio, assim como a descoberta de novas variantes de covid-19, tiveram um impacto significativo na experiência de colaboradores expostos a regimes de mobilidade internacional. “Aliada à escalada da inflação, a crise das dívidas soberanas e as flutuações cambiais influenciam diretamente o poder de compra dos colaboradores que se encontram a trabalhar fora do país de origem”, indica uma nota enviada às redações.

“A pandemia de COVID-19 e a tensão política a nível mundial têm contribuído para o crescimento do trabalho remoto e flexível, que, por sua vez, está a levar as empresas multinacionais a reavaliar a sua estratégia de retenção de talento”, afirmou Tiago Borges, Career Business Leader da Mercer Portugal.

“A concorrência no mercado global de talentos é intensa e, com a crise do custo de vida a afetar tanto os colaboradores como as organizações, as empresas têm de ser flexíveis. A estrutura da compensação para os colaboradores remotos e com mobilidade internacional deve ser clara e sustentada em dados fiáveis”, acrescentou.

“De um modo geral, os países e as cidades esforçam-se continuamente por atrair empresas internacionais, bem como nómadas digitais e expatriados”, afirma Marta Dias, Rewards Leader da Mercer Portugal. “Os locais de maior sucesso são atualmente aqueles que combinam politicas atrativas e flexíveis para talentos móveis, uma elevada qualidade de vida e um custo de vida razoável”, acrescenta.

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