Lisboa é a 100.ª cidade do mundo mais cara para expatriados
O estudo “Custo de Vida” da Mercer coloca a capital portuguesa na 100.ª posição do ranking das cidades com o custo de vida mais elevado para expatriados. No contexto europeu ocupa a 39.ª posição.
A capital portuguesa ocupa o 100.º lugar na lista das 226 cidades mundiais mais caras para expatriados analisadas pelo “Custo de Vida”, divulgado pela consultora Mercer, uma análise que envolve o custo comparativo de mais de 200 itens em cada local, incluídos nas categorias de transporte, alimentação, vestuário, produtos domésticos e entretenimento.
Este ano, Lisboa subiu 17 posições no ranking global, comparativamente ao ano anterior, o que revela o agravamento do custo de vida para os expatriados que escolhem a cidade para trabalhar. No cenário europeu, Lisboa está melhor posicionada ao ocupar o 39.º lugar.
Novamente no contexto mundial, destaque para a liderança de Hong Kong que, à semelhança do ano passado, volta a ser a cidade mais cara. Segue-se Singapura e Zurique, na segunda e terceira posições.
Das 10 cidades mais caras para funcionários internacionais, metade está localizada na Europa Ocidental, com a Suíça a ser o país mais representado. Zurique, que ocupa a terceira posição, Genebra, em 4.º lugar, e Basileia, em 5.º, estão entre as cidades mais caras para trabalhadores internacionais. Ainda no contexto europeu, além das quatro cidades suíças, as mais caras são Londres (8.ª posição), Copenhaga (11.ª posição), Viena (24.ª posição), Paris (29.ª posição) e Amesterdão (30.ª posição).
Por outro lado, Minsk, capital bielorussa, é a cidade europeia mais barata, ocupando a 212.ª posição. Outras cidades de baixo custo na Europa incluem Sarajevo (203.ª posição), Escócia (198.ª posição), Cracóvia (175.ª posição) e Breslávia (169.ª posição).
Apesar de a economia europeia ter abrandado, há já sinais positivos de crescimento na maioria dos Estados-Membros da União Europeia. No Sul da Europa, verifica-se uma expansão económica mais acelerada, prevendo-se que a taxa de inflação anual diminua, o que indica uma maior estabilidade de preços.
Destaque ainda para o facto das cidades norte-americanas estarem classificadas nas 100 primeiras posições, com sete cidades entre as 20 primeiras. Já no Canadá, Toronto é a cidade mais cara (92.ª posição), seguida de Vancouver (101.ª posição).
Na América do Sul, a capital do Uruguai, Montevidéu, é a cidade mais cara para colaboradores expatriados (42.ª posição). Devido às flutuações das taxas de câmbio e ao preço das habitações, foram várias as cidades sul-americanas a registar alterações de posição face ao ano anterior: Santiago, no Chile, caiu 73 lugares para a 160.ª posição do ranking, enquanto Bogotá, na Colômbia, subiu 40 lugares para a 174.ª posição.
Já na região do Pacífico, Sydney (58.ª posição), na Austrália, é a cidade mais cara da região, ultrapassando Noumea, na Nova Caledónia, na 60.ª posição. Em África, as cidades mais caras são Bangui (14.ª posição), na República Centro-Africana, Djibuti, capital do país com o mesmo nome, (18.ª posição) e Djamena (21.ª posição), no Chade. As duas cidades mais acessíveis do continente africano são Lagos (225.º lugar) e Abuja (226.ºlugar), ambas localizadas na Nigéria. Na 15.ª posição, o Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, é a cidade mais cara do Médio Oriente, enquanto Bombaim ao ocupar a 136.ª posição é a cidade mais cara da Índia.
O aumento do custo com habitação verificado em diversas cidades bem como a inflação, outro fator que está a diminuir o poder de compra, são dois dos fatores que estão a transformar a mobilidade dos profissionais num desafio para as empresas. Com este estudo, a Mercer pretende contribuir para apoiar as empresas multinacionais na definição de políticas de compensação para colaboradores expatriados.








