Israel lança fundo de 25 milhões de dólares para apoiar start-ups durante a guerra

A Autoridade de Inovação de Israel vai lançar um fundo de 25 milhões de dólares (cerca de 24 milhões de euros) para ajudar as start-ups israelitas a levantar capital nesta altura desafiante. Candidaturas abrem em novembro.
Para as grandes empresas de tecnologia, a mobilização em massa e a ausência de funcionários pode ser uma situação gerível, mas para as start-ups pode ser o fim do negócio. Neste sentido, a Autoridade de Inovação de Israel anunciou que irá lançar um fundo de investimento com uma alocação inicial de 25 milhões de dólares (cerca de 24 milhões de euros) para apoiar cerca de 100 start-ups israelitas com ativos tecnológicos e que procuram levantar capital. As inscrições para o programa abrem em novembro de 2023.
“O fundo, que opera no âmbito do programa de fundos de P&D, destina-se a empresas israelitas que precisam de apoios complementares e que se deparam com problemas de fluxo de caixa, atrasos e cancelamentos com potenciais investidores” nesta altura de guerra, noticia o The Times of Israel.
Segundo Dror Bin, CEO da Innovation Authority, “o setor de alta tecnologia, que enfrentou volumes de investimento decrescentes nos últimos 18 meses, também é afetado pela crise atual. Este impacto é mais pronunciado nas start-ups que precisam urgentemente de financiamento, especialmente durante um período desafiador, quando é difícil conduzir novas rondas de financiamento”.
“A pesquisa que realizámos com o Start-Up Nation Policy Institute (SNPI) revelou vários desafios que muitas empresas enfrentam atualmente, sendo que muitas delas têm apenas alguns meses de existência. As start-ups estão a lutar para concluir as suas rondas de financiamento, seja porque os investidores não estão interessados, seja porque os empresários estão a servir nas reservas [foram chamados para a linha da frente da guerra entre Israel e Hamas] ou estão ocupados em casa. Outros problemas incluem dificuldades no recrutamento de funcionários, funcionários que trabalham em casa e incapacidade de enviar pessoas para o exterior para se encontrarem com clientes”, explica.
Este programa avaliará rapidamente as candidaturas, tendo em conta vários critérios, incluindo os ativos tecnológicos da empresa, tempo de atividade, a disponibilidade de capital dos investidores e a extensão dos danos causados aos funcionários e às infraestruturas.
As inscrições para o programa abrem no próximo mês de novembro e as start-ups começarão a receber o investimento em dezembro.