Investidores financiam start-ups na área da fertilidade

As start-ups com soluções para tratamento de infertilidade estão a chamar a atenção das empresas de capital de risco de Silicon Valley e deverão receber 320 milhões de dólares em financiamento de risco.

Um dos mais antigos investidores em capital de risco de Silicon Valley, NEA, está a avaliar os investimentos que os fundos realizam no setor da saúde feminina no geral e no campo da fertilidade, em particular, um nicho que se está a tornar cada vez mais importante para os investidores.
Avaliado em milhares de milhões de dólares, o mercado de saúde feminina cobre uma imensidão de produtos, desde os relacionados com a menstruação até à fase da menopausa, entre muitos outros. No entanto, no último ano e meio, as start-ups com soluções para o tratamento da infertilidade chamaram a atenção de alguns dos maiores investidores de capital de risco que habitualmente apostam na tecnologia.

As start-ups de tratamento de infertilidade absorveram cerca de 320 milhões de dólares (286 milhões de euros) em financiamento de risco, segundo a empresa de venture capital NEA. Uma das sócias da empresa, Vanessa Larco, partilhou no Business Insider a recente explosão de start-ups de tratamentos de infertilidade e o crescente interesse do setor financeiro nesta temática. Esta profissional refere que a população investidora é maioritariamente masculina, e que habitualmente os investidores optam por produtos ou serviços com os quais se identificam. E esta área da saúde da feminina, que afeta muitos casais heterossexuais, é algo com que os investidores de identificam.

A NEA, por exemplo, investiu na Nuelle, uma start-up de bem-estar sexual, e na Willow, que fabrica uma bomba de leite inteligente. Para facilitar a avaliação e o potencial de investimento das start-ups de fertilidade que se solicitam financiamento, a NEA criou diretrizes para analisar qualquer novo projeto no âmbito do bem-estar e saúde femininas. Uma das áreas mais dinâmicas são as “femtech” ou seja, a nova vaga de start-ups que constituem um subconjunto do setor de saúde da mulher e que englobam diversas áreas como tratamento de cancro da mama ou assistência médica.

Analisando os dados publicamente disponíveis, venture capital NEA  descobriu que os produtos de saúde em especial os relativos à maternidade e à menopausa, são algumas das áreas mais negligenciadas pelo capital de risco e pelas novas empresas. A sócia da NEA acredita que com o envelhecimento das mulheres que agora estão interessadas em fertilidade, haverá um desenvolvimento das soluções para a menopausa, pois daqui a alguns anos será essa a principal preocupação.

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