Fundo 200M vai ser disponibilizado a partir do final de abril

O fundo que foi anunciado pelo governo em 2016 vai finalmente entrar em vigor. Quem o diz é a secretária de Estado da Indústria que garante, ainda, a entrada de duas novas redes internacionais de apoio ao empreendedorismo em Portugal.
O Fundo 200M, que foi pela primeira vez dado a conhecer ao público durante a Web Summit de 2016, vai entrar no mercado no final de abril. Em declarações ao jornal Expresso, Ana Teresa Lehamann, secretária de Estado da Indústria, garantiu que o fundo vai ser disponibilizado “dentro de um mês”, apontando assim a data de partida para o fundo de coinvestimento.
Gerido pela PME Investimentos, este veículo de financiamento público tem como objetivo atrair investimento – maioritariamente estrangeiro – para start-ups que já tenham o seu negócio numa fase mais avançada e que queiram expandir o projeto ou internacionalizar-se. Os setores mais “apetecíveis” para o fundo passam pelas ciências da vida, biotecnologia, nanotecnologia, Internet of Things (IoT), turismo, tecnologias de informação e indústria 4.0.
O 200M trata-se de um fundo de coinvestimento em que são disponibilizados 100 milhões de euros de dinheiro público com o objetivo de trazer outros 100 milhões de entidades privadas. Ou seja, a PME Investimentos irá igualar o valor monetário de um investimento privado. Isto significa que num eventual coinvestimento de um milhão de euros numa start-up, 500 mil serão disponibilizados pela entidade privada e o restante pelo dinheiro público.
Com uma duração prevista até ao final de 2020, o 200M vai apoiar pequenas e médias empresas que apresentem projetos de inovação de produto ou processo. O investimento mínimo é de 500 mil euros e o máximo de cinco milhões.
Ainda em declarações ao jornal Expresso, Ana Teresa Lehmann anunciou também que antes do verão as pequenas e médias empresas portuguesas vão poder contar com a instalação de duas redes internacionais de apoio ao empreendedorismo. “Uma apoia mulheres empreendedoras, outra apoia start-ups, pequenas e médias empresas”, explica Ana Teresa Lehmann.