Financial Times reconhece as empresas europeias com maior crescimento. Portugal está na lista com sete.

As empresas portuguesas Plásticos Dão, Sweetcare.Com, Singularity, Revesperfil, Sa Formação, Mixprice e Imaginary Cloud figuram no prestigiado ranking FT 1000: Europe’s Fastest Growing Companies deste ano.
Todos os anos, o Financial Times lança, juntamente com a Statista, o ranking FT 1000: Europe’s Fastest Growing Companies 2023, para reconhecer as empresas de vários setores de atividade que alcançaram o maior crescimento em faturação e um crescimento significativo das receitas na Europa.
Este ano, as empresas portuguesas Plásticos Dão, Sweetcare.Com, Singularity, Revesperfil, Sa Formação, Mixprice e Imaginary Cloud fazem parte do ranking.
Segundo o Financial Times, “por se basear no crescimento da receita das empresas europeias entre 2018 e 2021, o ranking mostra as empresas que prosperaram, apesar da pandemia – ou, em muitos casos, por causa dela”.
O Tripledot Studio, fabricante de jogos para dispositivos móveis com sede no Reino Unido, lidera a lista FT 1000 das empresas de crescimento mais rápido da Europa, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR na sigla em inglês) de 794,7%. Lançado em 2017 com foco no jogo de cartas paciência para um jogador, o fabricante de jogos beneficiou quando as pessoas se voltaram para os computadores e telefones para entretenimento durante os confinamentos resultantes da pandemia de Covid-19. Mas foi apenas uma das sete empresas na categoria de lazer e entretenimento a entrar no ranking, que é mais uma vez dominado por grupos de TI e software.
Em segundo lugar, surge a Marshmallow, uma empresa de tecnologia de seguros do Reino Unido, que apresenta uma CAGR de 659,8 por cento, enquanto a fabricante italiana de baterias de lítio WeCo figura em terceiro lugar com uma CAGR de 433,1 por cento. As taxas de crescimento alcançadas por estas duas empresas demonstram, respectivamente, a digitalização contínua das finanças e o afastamento dos combustíveis fósseis — tendências que vieram para ficar.
No entanto, a inflação persistente, o fim dos empréstimos acessíveis e uma redução no valor das ações de tecnologia estão a tornar os investidores mais cautelosos. O investimento em capital de risco caiu 16% em relação ao ano anterior em 2022, para 91,6 mil milhões de euros, de acordo com o PitchBook.
Os investidores investiram no total de 109 mil milhões de euros em capital de risco em empresas europeias em 2021, com mais de um terço a focar-se nas áreas de TI e software, à medida que a procura por tecnologia baseada em nuvem aumentou, escreve o Financial Time.
No ranking FT1000 deste ano, 356 das empresas apresentadas também foram classificadas no ano passado e 125 estão na lista há três anos consecutivos.
Embora o Reino Unido tenha quatro dos cinco primeiros grupos do ranking, continua a ser o terceiro país mais representado com 155 empresas de rápido crescimento, atrás da Itália, com 260, e da Alemanha, com 217.
Londres manteve a posição de cidade com maior número de empresas em rápido crescimento, pelo sétimo ano consecutivo, com 83 empresas listadas, seguida por Paris (34) e Milão (33).
Confira o ranking no site do Financial Times.