Férias: Segurança é crucial na escolha do destino

96% dos consumidores portugueses questionados pela ConsumerChoice considera que a segurança é fundamental na escolha do local de férias.

Atualmente, a segurança é um dos fatores que mais influencia a escolha do destino de férias dos portugueses, de acordo com o inquérito realizado pela ConsumerChoice. Efetuado online, junto de um conjunto de 951 portugueses (53% do sexo feminino e 47% masculino, com idades entre 18 e 64 anos), o inquérito tinha como finalidade perceber quais as preferências e preocupações dos portugueses sobre as suas viagens durante esta época do ano.

As conclusões são reveladoras do perfil, comportamentos e preferências dos portugueses. Em primeiro lugar, o ConsumerChoice constata que a 48% viaja entre duas a três vezes durante este período do ano, contra 37% que opta por viajar apenas uma vez. As motivações associadas às viagens também variam, com 49% a destacar o “descansar e relaxar”, 15% “visitar familiares e amigos” e 14% “conhecer novas culturas”.

Em segundo lugar, e no que se refere ao planeamento das férias, verifica-se que 38% dos inquiridos começam a planear com uma antecedência de três meses, e 26% com menos de um mês ou entre quatro a seis meses.

Os destinos nacionais, sobretudo as praias marítimas, são os mais populares (33%), enquanto os internacionais como praias (17%) e cidades (15%) também são mencionados por alguns dos consumidores. Os fatores que mais influenciam na escolha do destino, além do preço, incluem o clima (17%), a facilidade de acesso (14%) e a segurança (14%).

De acordo com o estudo, a segurança é um fator determinante para a esmagadora maioria dos portugueses na escolha dos seus destinos de viagem, com 96% a considerar este aspeto crucial. 62% dos inquiridos afirma mesmo ter evitado viajar para certos destinos devido a preocupações com a sua segurança. Os principais destinos evitados estão relacionados com regiões em conflito, áreas com altos índices de criminalidade e locais recentemente afetados por desastres naturais e outros, sendo que os mais citados foram o Brasil, Egito, Israel, Marrocos, Rússia e Ucrânia.

O estudo destaca, ainda, que a preocupação com a sustentabilidade está a crescer entre os portugueses, com 79% dos participantes a considerarem o comboio uma alternativa prática ao avião para reduzirem a sua pegada carbónica. Contudo, só 28% optaram por viagens de comboio em vez de voos para destinos europeus, enquanto 72% preferem o avião.

Uma ressalva ainda para o facto de, no geral, os entrevistados demonstrarem uma opinião positiva no que concerne à utilização de inteligência artificial para personalizar a experiência de viagem, 46% são favoráveis e 18% são muito favoráveis. Apenas 4% mostra-se desfavorável ou muito desfavorável (1%). Apesar da opinião favorável, apenas 21% dos inquiridos já usaram ferramentas de IA, como o Chat GPT para planear as suas viagens.

Refira-se que os portugueses acreditam que a utilização da inteligência artificial (IA) pode ajudar também a conseguir as melhores dicas (19%), recomendações personalizadas (18%), sugestões de atividades locais (15%), tradução e interpretação de idiomas (11%), gestão de reservas e organização da viagem (10%), atendimento ao cliente (10%), maior controlo e ajuda a gerir despesas (8%), sugestões gastronómicas (5%) e informações sobre segurança e saúde (4%).

Outro indicador do estudo refere-se à importância das agências de viagens na criação de uma experiência turística de qualidade e, neste ponto, 51% dos portugueses considera estas empresas relevantes e 20% muito importantes. Inclusive, 68% utiliza ou já utilizou uma agência de viagens para planear as férias, contra 32% que nunca recorreram a estes serviços. Entre os principais benefícios identificados para utilizarem agências de viagens, os portugueses identificam a diminuição de preocupações (22%), o apoio durante as viagens (16%) e o acesso a ofertas exclusivas (13%)

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