Do aluguer de colchões em casa à entrada na bolsa: a história de sucesso do CEO do Airbnb

Brian Chesky era jogador de hóquei e estudou design industrial. Em 2007 teve a ideia de lançar o Airbnb com Joe Gebbia. Hoje tem uma fortuna avaliada em 2.561 milhões de euros e acaba de se estrear na bolsa.

Brian Chesky não sabia muito sobre tecnologia antes de criar o Airbnb – a maior plataforma eletrónica do mundo para o alojamento local.

O CEO, agora com 39 anos, formou-se em design industrial e interessou-se por hóquei e culturismo quando tinha 20 anos. Em 2007 transformou uma ideia que lhe surgiu, após uma situação de overbooking nos hotéis da sua área de residência, numa start-up multimilionária e tornou-se num dos pesos pesados ​​de Silicon Valley.

Esta semana o Airbnb acaba de se estrear em bolsa, com o símbolo ABNB, e três anos depois do seu lançamento como um site para receber reservas de salas durante conferências, incluindo a Convenção Nacional Democrata em 2017.

Alguns dos investidores da Airbnb incluem o ator de Hollywood Ashton Kutcher, bem como as empresas de aquisição General Atlantic e a TPG. As multinacionais financeiras Morgan Stanley e Goldman Sachs são os principais subscritores da IPO.

Como tudo começou…
Foi graças ao Airbnb que Brian Chesky, natural do interior do estado de Nova Iorque, se tornou um dos mais ricos CEO de tecnologia dos EUA.

Chesky cresceu em Niskayuna, Nova Iorque. Gostava de hóquei e também de desenhar e projetar novas versões de ténis da Nike, hobbies que o ajudaram a desenvolver um interesse pela arte. Em 1999, Chesky frequentou a Rhode Island School of Design, onde foi capitão da equipa de hóquei e estudou design industrial.

Na Rhode Island School of Design, Chesky conheceu Joe Gebbia, com quem fundou o Airbnb. Depois de se formar na School of Design, Chesky mudou-se para Los Angeles para trabalhar como designer industrial, ganhando cerca de 33 mil euros por ano.

No entanto, pouco tempo depois mudou-se para São Francisco e associou-se a Gebbia. Os dois licenciados,  desempregados na época acabaram por ficar sem dinheiro. Quando uma conferência de design foi realizada em São Francisco em outubro de 2007 e levou à sobrelotação de todos os hotéis, Gebbia propôs a Chesky a ideia de alugar o seu espaço para aqueles que não conseguiam encontrar um lugar para ficar: uma “pousada de designers”.

Os dois acabaram por hospedar três pessoas naquele fim de semana, oferecendo colchões insufláveis e espaço no chão da sua casa, além de barras de chocolate ao pequeno-almoço.

Alguns meses depois, Gebbia e Chesky juntaram-se a outro amigo engenheiro, Nathan Blecharczyk para criarem o que era então chamado de Airbedandbreakfast.com, em agosto de 2008. Chesky “naturalmente assumiu o papel de líder”, como escreveu a Fortune em 2015.

Desde então, o Airbnb não apenas reduziu o seu nome, como também estendeu o ser serviço a mais 191 países em todo o mundo. A empresa registou cerca de 800 milhões de hóspedes desde o seu lançamento em 2008. O Airbnb foi avaliado pela última vez em 14.862 milhões de euros, tornando-se numa das start-ups mais valiosas dos Estados Unidos.

Em 2015, Chesky integrou a lista da Tim como uma das pessoas mais influentes no planeta. O ex-designer-chefe da Apple, Jony Ive, escreveu na altura: “A audácia de Chesky é fabulosa”.

Em 2016, Chesky, assim como os outros dois cofundadores do Airbnb, assinaram publicamente o The Giving Pledge, uma iniciativa filantrópica iniciada por Warren Buffett e Bill e Melinda Gates.  Através desta iniciativa, prometeram doar mais da metade de sua riqueza ao longo das suas vidas.

Hoje com 39 anos, o património líquido de Chesky está avaliado em cerca de 2.561 milhões de euros. A participação de Chesky no Airbnb não está clara, mas é estimada em pouco menos de 15%, avança o Business Insider.

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