Dicas para passar umas ótimas férias em família
Com o período de férias em pleno e com as famílias a reunirem-se para usufruir de tempos de lazer, é importante pôr em prática algumas regras para que o stress não atrapalhe e a convivência seja o mais positiva possível.
A época de férias é muito desejada, mas muitas vezes pode trazer stress adicional em vez do tão esperado descanso. Depois de meses de trabalho árduo, os dias descanso e o tempo livre podem não ser tão retemperadores como ambicionado porque estabelecer novas rotinas e interações com os restantes membros da família, ou decidir o que fazer nos tempo livres, pode ser motivo de algum stress.
James Wallman, conceituado autor de livros de autoajuda, preparou uma listagem de dicas, publicadas pelo The Telegraph, baseadas na sua própria experiência pessoal e em décadas de investigação universitária, para que todos possam usufruir de umas férias positivas em família.
No livro “Time and How to Spend It: The 7 Rules for Richer, Happier Days”, o autor enumera várias regras para ser mais feliz e ter sucesso. A lista de dicas, das quais selecionámos algumas, foi desenvolvida tendo por base décadas de investigação promovida por universidades como Cambridge, Harvard ou Stanford, entre outras.
Da mesma forma que existem “junk food” e “super alimentos”, também existem experiências negativas para o bem-estar (por exemplo, ver muita televisão) e outras positivas (como nadar no mar). Ou seja, este autor revela no seu livro que é importante ter experiências enriquecedoras, ter histórias – STORIES – para contar dos fins de semana de descanso ou das férias, pois a inatividade pode ser mais prejudicial do que benéfica..
A escolha da palavra “STORIES” não é aleatória, pois no acrónimo em inglês cada uma das letras representa uma dica que este autor descreve no seu livro de autoajuda, para despender tempo de forma mais positiva e proveitosa. Vejamos algumas das sugestões de James Wallman.
#Começando pela primeira letra, e pela primeira dica, o “S” está ligado a “Story” (História), pois o autor considera que o tempo livre deve ser usado para criar e viver histórias individuais que tragam benefícios para cada um. Quando se conta uma história, cria-se empatia entre as pessoas envolvidas, o que, por sua vez, promove relacionamentos entre as pessoas e as relações positivas transmitem felicidade. Ora contar uma história sobre algo que se viveu é extremamente positivo, principalmente se ao longo dela existir um pouco de aventura.
Essa aventura de férias pode ser algo tão simples como aprender mergulho, escalada, andar de barco ou outra atividade que tenha algum grau de desafio, que o faça sair da zona de conforto, testar as próprias capacidades, encontrar aliados e inimigos e obter uma recompensa no final (ultrapassar os obstáculos e conseguir finalizar a atividade). Essa experiência pode ser exigente fisicamente, mas recompensadora para o cérebro e para criar memórias positivas e inspiradoras sobre o tempo livre.
#A segunda letra desta lista é o “T” para Transformation (transformação). Neste ponto o autor aponta a transformação como a construção da pessoa que se quer ser e ter o potencial para ser.
#Para criar experiências positivas e enriquecedoras que, de facto, ajudem a recarregar as “baterias” para os momentos de trabalho, James Wallman destaca a letra “O” para Offline. O autor assinala no seu livro que, nos tempos livres, os períodos que se passa online estão fortemente ligados ao nível de felicidade das pessoas. Isto é quanto mais tempo gasta a olhar para um ecrã, menos feliz é a pessoa, menos experiências pode vivenciar. Além de se afastar do ecrã, ter experiências ao ar livre é bom para a saúde e também ajuda a viver as histórias que podem promover os tais momentos positivos.
#A quarta dica está ligada à construção e manutenção de relações (“R” de Relationships). Os relacionamentos são importantes e o tempo livre das férias deverá ser usado também para fomentar relações entre as pessoas próximas. Muitas vezes, o tempo livre, em férias ou em simples fim de semana, é passado sem atividade. No entanto, isso pode ser negativo para a mente, pois esta tende a “vaguear” com períodos de inatividade física, o que, em última análise, não promove descanso mental.
#A Intensidade (a quinta dica, o I para “Intensity”) é outro item deste autor, que em declarações ao Telegraph, afirmou “somos mais felizes a enfrentar desafios”.
#Viver momentos Extraordinários (a sexta dica) é igualmente importante porque o cérebro muitas vezes recorda as vivências através de momentos concretos. Ora se não existe nada admirável para recordar, o cérebro manter-se-á sempre no mesmo registo sem ter vivências novas e intensas para registar.
#Finalmente, para concluir o acrónimo, o último S vai para “status” e “relevância” (Status & Significance). Não é necessário cumprir com todos os pontos do acrónimo quando se vive uma experiência de férias. A relevância da experiência pode ser uma forma de status pois ter atitudes menos egoístas, ser mais altruísta, passar mais tempo com as pessoas que são importantes, pode ser uma forma de viver momentos relevantes e enriquecedores, que promovem a felicidade, e que, como tal, promovem tempos livres reparadores.