De dançarina no Cirque du Soleil a mulher de sucesso em Silicon Valley. Conheça Mala Tejwani.

Mala Tejwani foi dançarina no Cirque du Soleil, passou pelo Google e hoje lidera uma área de negócios de uma empresa de sucesso em Silicon Valley. Conheça a sua história.
Através da DataStax, as empresas podem usar dados em tempo real para criar aplicações em qualquer área, desde as redes sociais, passando pelas compras online até à monitorização de entregas. Marcas como Verizon, The Home Depot e Priceline usam o DataStax para impulsionar o seu crescimento, acelerar a entrega de novos serviços e envolver os seus clientes. Em junho deste ano, a empresa, sediada na Califórnia, angariou 115 milhões de dólares (111 milhões de euros) em financiamento.
Mala Tejwani lidera hoje a área de negócios e operações da DataStax, depois de oito anos a coordenar a estratégia para a inteligência artificial em nuvem no Google Cloud. Antes de enveredar pelo mundo dos negócios, foi artista do Cirque du Soleil e coreógrafa do programa televisivo So You Think You Can Dance.
Segundo a Forbes, esta transição de carreira foi possível porque a indiana usou as capacidades que adquiriu enquanto bailarina na juventude no mundo empresarial.
Quando era dançarina Tejwani sentia que desempenhava duas funções: a de performer e a de profissional. Durante muito tempo, acreditou que precisava de manter estas duas áreas da sua vida separadas. À medida que cresceu, percebeu que as lições que aprendeu como dançarina orientam a sua vida profissional, tornando-a mais forte como líder.
“A orientação da minha missão de vida começou quando os meus pais me inscreveram a mim e à minha irmã mais velha nas aulas de dança clássica (chamadas Bharatanatyam) como uma forma de nos apresentar à cultura indiana”, conta Tejwani.
“Funciona como ballet: muito estruturado e disciplinado. Todas as sextas-feiras eu frequentava as aulas de dança. Gostei, mas perder as festas dos meus amigos não foi fácil para uma criança de dez anos”, acrescenta.
Aos 15 anos, Tejwani decidiu participar numa competição internacional de dança indiana chamada Boogie Woogie. O melhor dançarino de cada país concorreu ao grande prémio. Tejwani conquistou um lugar nos Estados Unidos, depois foi para Londres para a final e venceu o concurso.
“Para mim, a grande aprendizagem não foi a vitória. Estava a concorrer com o rapaz que representava a Índia, uma pessoa que eu acompanhava e admirava há anos”, conta.
No Google, a indiana começou por ajudar no programa de estágio da empresa. Estava lá há apenas três semanas quando a pessoa que coordenava o programa saiu. Tejwani rapidamente assumiu a sua função.
“Traga todo o seu ser para o trabalho. Tem a Mala [Tejwani] que adora dançar e é artística, e tem a Mala [Tejwani] que é profissional, que está sentada em frente do computador e passa a maior parte do tempo no Zoom. Uma coisa que o Google me ensinou foi que posso levar a minha experiência coreográfica para o trabalho. Isso torna-me impactante na forma como resolvo problemas, na minha criatividade, fluidez, precisão e atenção aos detalhes”, revela Tejwani.
Quando entrou na DataStax, Tejwani teve a oportunidade de ser mentora e de liderar equipas. Trabalhou em recrutamento, vendas internas, operações de dados, entre outras áreas.
Com base na sua própria experiência, Tejwani incentiva os seus colegas da DataStax a não seguirem um “caminho tradicional e específico”. “Aceite desafios com os quais pode aprender. À medida que o ruído é criado ao seu redor, concentre-se no resultado final e jogue o seu jogo. Quanto mais avança na carreira, mais barulho é criado em torno de ser uma mulher na [área da] tecnologia e assim por diante”, aconselha.