A start-up israelita que surpreendeu Messi com a sua tecnologia para cegos

A OrCam surpreendeu o jogador de futebol argentino com a sua tecnologia para pessoas invisuais, tendo-o convidado para ser embaixador da marca. Lionel Messi vai, assim, promover as soluções de tecnologia de assistência visual da start-up e torná-las mais acessíveis a pessoas cegas ou com dificuldades de visão.

A OrCam é responsável pelo ‘MyEye’, um aparelho de visão artificial para invisuais ou com graves dificuldades de visão que lê em voz alta texto impresso e digital, reconhece imagens, moedas e notas. A start-up israelita convidou o jogador de futebol Lionel Messi para ser embaixador desta tecnologia.

“O nosso objetivo é mostrar ao mundo como essa tecnologia poderá ajudar a comunidade cega, e estávamos à procura de alguém que fosse uma figura global, conhecida em todo o mundo. Messi, obviamente, respondia a esses requisitos e abordámo-lo através de representantes e familiares ”, explicou o diretor de marketing da empresa, Omri Barak, à EFE por videoconferência de Israel.

O craque argentino conheceu a tecnologia em dezembro de 2019. “Foi incrível, [o jogador] ficou encantado e percebeu o impacto que poderia ter na vida de muitas pessoas”, acrescentou Barak.

A tecnologia, constituída por um dispositivo do tamanho de um dedo que é instalado num par de óculos através de ímanes magnéticos, foi entregue pessoalmente pela estrela argentina de Barcelona a um grupo de 12 cegos de todo o mundo, num evento realizado antes do surgimento do Covid-19 e que foi gravado.

Nesse encontro, podemos ver Andrea, uma espanhola de 20 anos com perda de visão na ordem dos 80%, aluna e pintora, a colocar o aparelho, que identifica que a pessoa que está à sua frente é Lionel Messi. “Foi incrível, uma experiência que nunca esquecerei”, disse o jogador no vídeo gravado pela start-up israelita.

Da mesma forma, Arense Rodríguez, um jovem com 95% de perda de visão ao nascer, ficou sem voz durante alguns segundos quando ligou o aparelho e ouviu as palavras ‘Lionel Messi’. “Fui bloqueado porque não esperava, mas para mim foi uma grande satisfação”, comentou.

“Conhecer essas pessoas de todo o mundo tem sido um momento verdadeiramente mágico e inspirador”, revelou o craque argentino, garantindo que o aparelho “mudará a vida” dos seus utilizadores.

Os fundadores da start-up israelita – fundada pelo especialista em visão computacional Amnon Shashua e pelo empresário Ziv Aviram, que anteriormente fundou a Mobileye, vendida à Intel por mais de 14 mil milhões de euros – estimam que cerca de 300 milhões de pessoas são cegas ou possuem graves dificuldades de visão.

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