Opinião
Como podemos ser criativos a resolver problemas?

Segundo o Fórum Económico Mundial, a criatividade é uma das características-chave dos trabalhadores do futuro e uma das mais valorizadas no mercado de trabalho. Num mundo cada vez mais automatizado, ser criativo é, por isso, uma característica diferenciadora e uma das únicas que não pode ser substituída por máquinas. É a importante capacidade de olhar para um cenário e descobrir as suas potencialidades e como as podemos explorar.
Quando olhamos para as crianças, vemos que a criatividade nos é inata. Uma caixa de cartão facilmente se transforma num castelo, dois tijolos LEGO encaixados podem ser um cão e um pau uma varinha mágica. As crianças constroem e reconstroem o mundo à sua maneira e fazem-no de forma absolutamente incrível.
No entanto, chegamos a adultos e as obrigações, as responsabilidades, os processos e os automatismos, mudam o nosso foco. Aquele castelo é só uma caixa para guardar as roupas de verão, aquele cão são duas peças que ficaram fora do sítio e têm de ser arrumadas e aquele pau ainda vai magoar alguém, é melhor deitá-lo fora.
A criatividade não desapareceu, não deixamos magicamente de ser criativos, só deixamos gradualmente de dar importância a esse nosso lado que se foi tornando cada vez mais tímido e apagado. Habituamo-nos a ver a criatividade na idade adulta como uma coisa de artistas, e não como algo que está em todos nós, de forma inata e que podemos (e devemos) continuar a trabalhar.
Mais do que compor uma canção, criar um set LEGO ou escrever uma peça de teatro, ser criativo é ter soluções. É ter a capacidade de ver oportunidades no Mundo que nos rodeia e de o reconstruir à nossa maneira, como as crianças fazem.
No Grupo LEGO acreditamos que a melhor forma de aprender é a brincar, tal como dizem as próprias crianças, de acordo com os dados do estudo LEGO Play Well de 2022. É a brincar que as crianças aprendem algumas das competências mais importantes para a vida adulta, como a socialização, o respeito pelo outro, a autoconfiança, a resolução de problemas e a criatividade. 95% das crianças afirma que a brincadeira as ajuda a aprender coisas novas e a experimentar novas ideias, enquanto 97% diz que contribui para a sua felicidade. Brincar é uma parte essencial da infância, mas por algum motivo, deixa de o ser na idade adulta.
No LEGO Play Well Report de 2022, chegámos a algumas conclusões interessantes e uma delas foi que 92% dos adultos acreditam que brincar é fundamental para a sua própria felicidade e melhora o seu bem-estar. Os benefícios de brincar são evidentes, mas ainda assim, temos muitas reservas em fazê-lo, seja por falta de tempo, falta de energia depois do trabalho ou simplesmente porque não nos parece natural.
A criatividade é a capacidade de olhar para algo e transformá-lo, de ver as coisas por outro prisma, de reconstruir premissas e alterar pressupostos. É a melhor ferramenta que temos para resolver problemas e, por isso, devemos continuar a alimentá-la seja em que idade for. Seja com brinquedos de construção, faz-de-conta, com brinquedos antigos da nossa infância ou até videojogos, vamos voltar a brincar… a nossa criatividade agradece.