Cinco sinais de que está pronto para levar a sua start-up para os EUA

O mercado dos EUA pode ser o sonho de qualquer start-up. Neste artigo damos-lhe a conhecer cinco sinais de que o seu projeto está pronto para o “american dream”.

Entrar no mercado dos Estados Unidos pode ser o sonho de qualquer empreendedor. Há clientes para todo o tipo de produtos e serviços, mas chegar lá requer uma pesquisa e execução minuciosas.

Quem o diz é Nathan Lustig, um empreendedor e investidor argentino que é também sócio-gerente da Magma Partners, um fundo de investimento em start-ups em fase seed com sede no Chile, que prepara projetos para “atacarem” a América do Norte e a Europa.

A ideia de se aventurar num mercado com outro tipo de valores e com uma cultura empresarial diferente pode ser assustador para qualquer empreendedor. Lustig não desvaloriza  o facto de a mudança de mercado poder ser complicada, mas dá-nos algumas luzes sobre os aspetos mais importantes para se conseguir uma internacionalização bem-sucedida.

1. Ter uma vantagem única para usar contra os seus competidores
Se o seu produto ou serviço se adequa a um segmento de mercado bem estabelecido, a internacionalização pode fazer todo o sentido. Não só porque pode estar a entrar num mercado onde não existe nada igual, como também – na eventualidade de existir algo do género – será capaz de “derrotar” os seus competidores.
Depois de se lançar nos Estados Unidos é importante manter a inovação e criar valor, de forma a que os seus competidores não o consigam ultrapassar. Apesar de ser um mercado bastante recetivo é também um local de grande competição.

2. Saber quem é a sua concorrência e ter um plano para competir
Com tantas start-ups de base tecnológica presentes nos Estados Unidos a competição pode ser feroz. Mas se souber a fundo os pontos fortes e fracos dos seus adversários pode estar um passo à frente deles, visto que, em princípio, eles não sabem da sua existência.

No entanto, é importante referir que para introduzir um novo produto no mercado norte-americano é necessário ter as patentes e a sua propriedade intelectual. Se conseguir entrar em contacto, ou já tiver contactos de alguém que já está presente no mercado, pode ser uma boa oportunidade para perceber melhor e tirar dúvidas sobre as regulações do setor em que está inserido.

3. Ter a habilidade de escalar o seu negócio
Com mais de 320 milhões de consumidores e milhões de negócios, o mercado dos Estados Unidos oferece uma oportunidade quase inigualável em termos de expansão. No entanto, move-se rapidamente e as start-ups precisam de se adaptar às alterações. Essa capacidade é de extrema importância. Para alavancar a sua start-up  é importante ter capacidade financeira para contratar técnicos que ajudem o projeto a crescer. A Uber e a Airbnb, por exemplo, tiveram um processo de internacionalização bem-sucedido mas enviaram alguns dos membros mais importantes da sua equipa para montar o negócio.

4. Fazer a sua pesquisa e saber como atacar um segmento específico
Está familiarizado com o termo de vendas vertical e horizontal? Segundo Lustig esta segunda abordagem pode não ser a melhor para as start-ups recém-chegadas aos Estados Unidos, mesmo que exista um número maior de potenciais clientes.

Em vez disso, o investidor aconselha que se foque em apenas um ou dois segmentos de mercado verticais, de forma a conseguir dar acesso ao melhor produto possível e “aniquilar” os concorrentes que usam uma abordagem horizontal.

Mais importante que isso, segundo Lustig, é ser estratégico em relação ao segmento de mercado escolhido. Onde é que vivem os seus clientes mais valiosos? Como é que lhes consegue apresentar o produto? O investidor explica que o perfil do público-alvo do país onde começou o seu negócio vai, muito provavelmente, ser diferente do existente nos EUA.

5. O inglês deve ser fluente em grande parte da sua equipa
Entrar no mercado norte-americano implica explicar a forma como o seu produto/serviço vai melhorar a vida dos seus potenciais clientes. Enquanto CEO ou fundador de uma start-up vai ter de explicar o seu projeto a pessoas que, na grande maioria, só sabem falar inglês.

Por isso é de extrema relevância a capacidade de comunicar. Não só com os potenciais clientes, mas também com o staff que pode vir a contratar.

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