Chefes preferem trabalho presencial ao remoto. Saiba porquê.

Os chefes estão muito mais ansiosos para voltar ao escritório do que os outros funcionários. Dos superiores que trabalham remotamente, 75% querem ficar no escritório três dias por semana ou mais; apenas 34% dos funcionários sem cargos de chefia pensam da mesma forma, conclui estudo da Slack.

O ano de 2020 abriu portas a um futuro mais flexível, em que o teletrabalho passou a ser algo comum (e necessário) para a maioria das empresas. Se, para algumas, foi uma autêntica novidade, para outras foi apenas uma forma de acelerar processos que já estavam em andamento.

Apesar das poucas certezas sobre o futuro, as divergências sobre a melhor forma de trabalhar não é consensual, se tivermos em conta a hierarquia. Uma pesquisa da empresa Slack mostra que pessoas com cargos de chefia tendem a preferir ir mais vezes ao escritório, avança o The Economist.

44% dos chefes gostariam de voltar a trabalhar todos os dias de forma presencial. Pelo contrário, só 17% dos outros funcionários tem esse desejo.

Quanto ao modelo híbrido, a percentagem de funcionários que gostaria de voltar aos escritórios aumenta ligeiramente, mas ainda sim são os chefes os que preferem este modelo: 75% dos chefes querem voltar a trabalhar pelo menos três vezes por semana contra 34% dos funcionários sem cargos de chefia.

Mas o que leva os chefes a preferirem regressar aos escritórios e os outros funcionários a optarem pelo modelo de trabalho remoto? O estudo destaca que a chefia prefere um lugar calmo para estar concentrada no seu trabalho e quer colaborar com os colegas de forma presencial.

Já os outros funcionários alegam que preferem o trabalho remoto, principalmente para evitar as deslocações à cidade. Como vantagem de ir ao escritório elegem o convívio com os colegas.

Esta discrepância pode ser explicada pela satisfação de cada funcionário em relação ao trabalho, conclui o estudo. Os diretores relatam uma satisfação 62% maior do que os funcionários sem cargos de chefia. Os primeiros também têm maior flexibilidade, sentido de pertença e uma maior sensação de equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

A pesquisa da Slack foi realizada a 10 mil profissionais nos EUA, Austrália, França, Alemanha, Japão e Reino Unido.