Ataques cibernéticos preocupam empresas

Ataques cibernéticos, retenção de talentos, instabilidade política ou social e eventos climáticos extremos são alguns dos riscos que as empresas portuguesas destacaram para 2020. Os resultados são do estudo “A Visão das Empresas Portuguesas sobre os Riscos 2020”.
Do conjunto de conclusões apuradas pelo mais recente estudo da Marsh Portugal (consultora de riscos e corretor de seguros), 55% das empresas consideram o risco de ataques cibernéticos como um dos maiores riscos que o mundo pode vi a enfrentar. Aliás, desde 2018 que os ataques cibernéticos em grande escala têm-se mantido em primeiro lugar no top das preocupações dos empresários.
O estudo anual “A Visão das Empresas Portuguesas sobre os Riscos 2020”, foi desenvolvido com base na recolha de dados efetuada entre janeiro e fevereiro desde ano, motivo pelo qual os efeitos associados à pandemia não são referenciados.
De acordo a pesquisa da Marsh, 29% das empresas também se mostram preocupadas com eventos climáticos extremos, 37% com questões fiscais e financeiras em economias chave, 32% com eventuais ataques terroristas em larga escala, e 26% com a instabilidade social profunda.
Sobre os riscos que as empresas receiam vir a enfrentar no ano de 2020, 56% afirma que os ataques cibernéticos são o risco com maior probabilidade de ocorrer, seguido da retenção de talentos, com 41%. Segue a instabilidade política ou social, com 40%, os eventos climáticos extremos, com 35%, e a concorrência, com 24%.
O estudo revela ainda uma crescente consciencialização e preocupação por parte das organizações portuguesas sobre o risco cibernético, que, através de esquemas sofisticados, podem interromper o negócio das empresas, cadeias de fornecimento e nações, custando biliões à economia e afetando qualquer setor.
No que concerne à gestão de riscos, cerca de 90% das empresas inquiridas afirma que a importância dada pela sua organização à gestão de riscos é suficiente ou elevada. Este indicador revela que, muito provavelmente, as empresas portuguesas estão a investir cada vez mais na gestão de riscos, tornando-se mais resilientes a eventos atípicos. Relativamente aos valores orçamentados para a gestão de riscos em 2020, 35% das empresas afirma ter aumentado e 44% ter estabilizado.
Para a realização deste estudo, que tem como principais objetivos identificar os potenciais riscos que as empresas consideram que o mundo e elas próprias irão enfrentar, a Marsh contou com a participação de 170 empresas portuguesas, pertencentes a 22 setores de atividade, com diferentes volumes de faturação e de colaboradores.