As cinco tendências no mundo empresarial para 2018

Utilize estas tendências para se colocar à frente dos seus competidores e melhorar o seu negócio.
Alex Yakubovich é um CEO da Scout RFP, uma start-up que disponibiliza um serviço de apoio às empresas que as ajuda nas suas tomadas de decisão financeiras, de recursos humanos e dos acionistas.
Yakubovich escreveu recentemente um artigo para o Entrepreneur onde faz a previsão para o próximo ano das cinco grandes tendências empresariais. Num mundo em constante mudança, onde as inclinações dos consumidores variam cada vez mais rapidamente, é importante que as organizações adotem as últimas tendências.
Contudo, refira-se, não serve de nada saber as últimas tendências se os líderes das empresas forem resistentes à mudança, visto que a periodicidade dos intervalos de mudança é cada vez maior e a maioria dos líderes foram ensinados que o objetivo é comandar e controlar. E, num regime de mudança, sente-se a perda de controlo.
Eis as cinco tendências para 2018, segundo Alex Yakubovich:
1. Sucesso com os clientes vai criar mais investimento interno:
Enquanto que os modelos de negócio com base nos clientes têm sido o foco de muitas empresas nos últimos anos, em 2018 essa tendência vai crescer ainda mais. Cada vez existem mais start-ups com um departamento dedicado a dar a melhor experiência possível aos clientes. No entanto, e apesar deste tipo de iniciativas dar frutos, em termos de fidelização e satisfação dos clientes, Yakubovich prevê que isto mude rapidamente. Na passagem para 2018 vamos ver grandes empresas a adotarem as mesmas estratégias que muitas start-ups.
2. A tecnologia Blockchain vai ter influência em novas indústrias:
A tecnologia Blockchain[1] é uma das grandes tendências para 2018. Esta tecnologia, que já recebeu investimentos de Richard Branson e da Google, por exemplo, vai deixar de ser usada apenas no setor financeiro para começar a ser introduzida noutro tipo de indústrias, como na esfera dos seguros e dos procedimentos legais. A grande vantagem é que poderá trazer uma maior eficiência e segurança aos seus utilizadores.
3. Novas funcionalidades de negócio vão ter mais impacto:
As técnicas de venda das empresas foram evoluindo nos últimos anos de forma a irem ao encontro da procura dos clientes e, por consequência, aumentarem as suas receitas. Enquanto que as vendas ainda têm um papel bastante importante no cash flow de uma empresa, os líderes financeiros, segundo Yakubovich, vão começar a utilizar outras funcionalidades para terem mais impacto nos seus negócios como, por exemplo, um novo departamento totalmente dedicado à aquisição de outras empresas.
4. O machine learning vai-se tornar obrigatório:
O machine learning tem tido progressos substanciais nos últimos anos, mas 2018 vai ser o ano em que se vai, finalmente, tornar mainstream, prevê o CEO da Scout RFP. Segundo ele, as empresas estão a aperceber-se da utilidade que podem dar à informação (data) dos seus clientes, de forma a conseguirem agradá-los, criando novos serviços personalizados, ou para preverem um possível desenlace num negócio. Estes dados terão todos de ser processados por inteligência artificial.
5. Estar no espaço mobile vai ser obrigatório:
O grande privilégio que o mobile dá aos seus utilizadores é a facilidade com que se pode aceder à informação. Esta tendência está para ficar. Existem cada vez mais telemóveis com melhor processamento, espaço de armazenamento e mais funcionalidades, o que melhora a experiência dos seus utilizadores e abre novas portas aos negócios para explorar esta plataforma. Já há negócios a aproveitarem-se deste espaço e a tendência, segundo Yakubovich, é que em 2018 haja ainda mais empresas a fazê-lo.
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[accordion title=”O que é a Blockchain? Esta nova maneira de armazenar…” load=”hide”]Esta nova maneira de armazenar e gravar transações é feita em blocos, que estão ligados entre si criptograficamente com o objetivo de assegurar que são à prova de piratas informáticos. Cada bloco desta rede é um código de computador que contém algum tipo de informação. Esta informação tanto pode ser um certificado de propriedade como também um comprovativo de uma transferência bancária. Imagine a seguinte situação: quer enviar dinheiro a alguém do outro lado do mundo. A transferência tanto pode demorar dois dias, como pode demorar uma semana. Isto acontece porque os bancos têm de ter a certeza para onde é que foi o dinheiro. Este é um dos problemas que o Blockchain vem resolver. Com o software desenvolvido pela start-up, as transferências podem ser feitas de uma forma rápida e barata, para além de não haver nenhum banco na equação, que ficaria com a informação de todas as transferências feitas.
Mas se não são os bancos a assegurar as transferências, que entidade é que as consegue assegurar? A resposta é simples: à medida que novas informações são adicionadas na rede, a complexidade da cadeia de blocos aumenta e o banco de dados torna-se maior. E se alguém quiser fazer uma alteração que não é autorizada, todas as pessoas da rede consegue ver onde é que esta aconteceu e decidir se a mudança é válida ou não. Um exemplo prático: imagine que queria comprar uma casa a alguém por 250 mil euros. Em vez de pagar a um advogado para tratar do assunto, podia decidir registar o contrato na Blockchain onde diria que tinha concordado em pagar 250 mil euros pela casa. Este método cria um livro de registos públicos transparente e que qualquer pessoa podia ver. Desta maneira, o dono da casa não poderia voltar atrás com a palavra e pedir, em vez dos 250 mil, 300 mil euros.
Com este método, se algum pirata informático quiser fazer alguma alteração na rede teria não o conseguiria fazer a piratear apenas um computador, teria de piratear, ao mesmo tempo, todos os que têm acesso à rede.[/accordion]
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