Sete suposições erradas sobre os trabalhadores millennials
A ideia de que os millennials estão a destruir várias indústrias, por se concentrarem demasiado na tecnologia e por serem muito pouco práticos, não podia estar mais errada. Saiba porquê.
Não há uma data precisa para os nascimentos das pessoas incluídas neste grupo, os millennials. Segundo alguns autores, esta geração começa no início da década de 80 e termina nos primeiros anos do virar do milénio. Esta geração é marcada pela familiaridade com as tecnologias de comunicação e média.
Da mesma maneira que as gerações mais velhas criaram estigmas à volta da geração que hoje tem 40-50 anos, estas suposições podem ser facilmente refutadas recorrendo ao mesmo princípio. É comum cada geração pensar que a sua maneira de atuar é a certa, criando uma espécie de resistência pouco ou nada recetiva em relação às ideias novas das gerações que se seguem.
Se é um empregador que não pertence a esta geração, e não quer cair no mesmo erro que grande parte da sua faixa etária, que cria preconceitos à volta desta linhagem, percorra a lista que se segue.
- Os millennials são todos iguais
Apesar de ser bastante simples identificar valores comuns e comportamentos entre os millennials, não nos podemos esquecer que há quase dois milhões de pessoas desta geração em Portugal (dados de 2011 do PORDATA).
Segundo um artigo do Huffington Post, 79% dos comerciantes identifica os millennials por subsegmentos, que são muito diferentes uns dos outros.
Isto significa que é importante que os trabalhadores desta geração sejam tratados de uma forma individual porque o que pode funcionar para um trabalhador millennial, pode não funcionar para outro.
- Querem troféus de participação
Apesar desta geração ter crescido a receber troféus, medalhas e outros prémios de participação, a verdade é que os millennials cresceram a entender quais são as expetativas dos adultos para o sucesso.
Num inquérito recente, este grupo geracional revelou que o facto de a entidade patronal mostrar ética e transparência no seu modus operandi dentro da empresa é mais importante do que ser reconhecidos pelo trabalhado desempenhado.
- Só são bons em plataformas digitais
Apesar de quase todos os millennials terem smartphones e serem intitulados de “nativos digitais”, não significa que o seu desempenho em esferas não-digitais seja mau.
Quando se trata de aprender algo novo no trabalho, a maioria dos millennials preferem fazê-lo pessoalmente, colocando de parte a comunicação digital. Para além disto, este grupo tem uma preferência maior por reunir pessoalmente do que os Baby Boomers (pessoas nascidas entre 1946 e 1964).
- Não são fiéis
Outra suposição errada é a de que os millennials não são fiéis à empresa que os contratou e que não se importam de saltar de trabalho em trabalho.
Na verdade, os millennials ficam mais tempo que os trabalhadores pertencentes à Geração X pelo simples facto de que as ofertas de trabalho são bastante mais reduzidas. Isto significa que, desde que trate bem os seus trabalhadores millennials, a probabilidade de ficarem a trabalhar na sua empresa é igual à dos seus antigos funcionários.
- Não seguem instruções
Há ainda outro preconceito à volta dos millennials, que enuncia que este grupo não segue instruções. Um inquérito mostrou o contrário: 41% deste grupo concorda com a ideia de que “os funcionários têm de fazer aquilo que o gestor lhes diz, mesmo que não vejam razão para tal”. Por outro lado, só 30% dos Baby Boomers e das pessoas incluídas na Geração X é que concordam com esta afirmação.
- Só querem saber deles mesmos
Este mito é facilmente quebrado com a preocupação que estas pessoas demostram com o meio ambiente e com o simples facto de que, enquanto consumidores, preferirem empresas que sejam social e ambientalmente sustentáveis. É por isto que 61% dos millennials dizem estar preocupados com o estado do mundo, e que se sentem responsáveis por marcar a diferença nesse âmbito.
- Precisam demasiado dos outros
Outro erro associado aos millennials é que precisam demasiado da ajuda dos colegas no seu trabalho. Uma pesquisa recente revelou o contrário: 78% das pessoas deste grupo referem que seriam mais produtivas num local onde tivessem espaço para refletir e trabalhar sozinhas.