As cinco start-ups criadas por mulheres que se tornaram unicórnios este ano

Cinco start-ups de tecnologia lideradas por mulheres e sediadas nos EUA alcançaram o status de unicórnio – empresa avaliada em mil milhões de dólares – este ano. Conheça-as neste artigo.

Este ano os EUA viram surgir cinco start-ups unicórnios fundadas e lideradas por mulheres, um número que duplicou nos últimos anos. São muitos os empreendedores que sonham alcançar este clube restrito de start-ups que recebem uma avaliação de mil milhões de dólares, mas poucos o conseguem alcançar. Em todo o mundo existem 357 empresas que alcançaram este estatuto.

O primeiro semestre do ano foi particularmente frutífero neste campo e ainda mais porque entraram neste seleto clube cinco start-ups norte-americanas de tecnologia lideradas por mulheres. Vamos conhecer quais são.

  • Away: Uma empresa de “malas modernas inteligentes ” que se juntou à Peace Direct para ajudar a angariar fundos para regiões devastadas por conflitos em todo o mundo. Os cofundadores são Jen Rubio e Steph Korey.
  • Confluent: Uma plataforma de streaming de eventos desenvolvida em código aberto, fundada por Neha Narkhede.
  • ezCater: Uma empresa de catering empresarial que representa mais de 62 mil  estaurantes nos Estados Unidos, criada por Stefania Mallett.
  • Glossier: Uma empresa millennial de maquilhagem que utiliza o Instagram para vender marcas próprias, cuja fundadora e CEO é Emily Weiss.
  • Rent the Runway: Uma empresa que aluga roupa de marca através da subscrição do serviço. As cofundadoras são Jennifer Hyman e Jennifer Fleiss.

Para a a CEO e cofundadora da Ellevest, uma consultora financeira digital para mulheres lançada em 2016, Sallie Krawcheck, as empresas não alcançam o sucesso apenas com base na excelência das sua ideias e implementações. Existem alguns aspectos menos óbvios relacionados com financiamento e contratação (que se pode refletir em género e etnia) que também podem influenciar o desempenho e desenvolvimento da empresa.

Em declarações ao site BigThink, Krawcheck alerta que os fatores de financiamento e de contratação afetam todos os níveis de remuneração de uma empresa e não apenas os funcionários de direção. “A gestão empresarial mais igualitária em termos de género é importante para o desenvolvimento das empresas e o emprenho que os colaborares/colaboradoras têm face à empresa. E uma das formas mais diretas de valorizar a dedicação dos funcionários às empresas é através da remuneração”, explica.

Segundo a empresária, é comum os homens serem mais incisivos na altura de falar sobre aumentos e bónus de desempenho. Todavia, as mulheres raramente dizem estar focadas abertamente nas suas ambições. “Antes de pedir um aumento é importante entender e conhecer as métricas da empresa, por exemplo, o número de novos clientes conquistados, dados sobre vendas, redução de custos, etc. Independentemente do setor de atividade da empresa, é importante que a colaboradora saiba como a sua função se encaixa na estrutura geral da empresa e quais as metas alcançadas”, aconselha.

Krawcheck afirma que a diferença salarial tem não só repercussões imediatas, como também no futuro. “A crise nos planos de reforma e poupança pode atingir gravemente as mulheres no futuro. Por exemplo, nos EUA é expectável que 40% dos trabalhadores mais velhos da classe média será pobre ou estará próximo desse limiar nos próximos doze anos. Analisando esta situação em termos de género a explicação é simples: as mulheres têm rendimentos mais baixos e isso reflete-se em reformas ou poupanças-reformas mais reduzidas e em média vivem mais seis a oito anos do que os homens”, conclui.

Por isso, Krawcheck aconselha as mulheres a investir num campo fortemente dominado por homens. “O mito de longa data das mulheres dependentes precisa de desaparecer à medida que as mulheres alcançam salários iguais. De repente, não são apenas os homens que pedem o aumento ou aumentam as suas probabilidade de ganhar um bónus maior. Quando as mulheres fazem exigências, o bónus é distribuído de maneira mais justa”, refere Krawcheck.

 

 

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