As 5 profissões à prova de crise
A plataforma de educação ELVTR entrevistou 21.500 norte-americanos que procuram mudar de emprego, ou progredir nas suas carreiras, para descobrir as profissões que sobreviverão à recessão que o país enfrenta. Conheça as conclusões da análise neste artigo.
As famílias norte-americanas estão a lutar contra a inflação. Enquanto três quartos dos norte-americanos de rendimento médio estão a lutar contra o aumento do custo de vida, 78% temem perder os seus empregos e 25% dizem que foram demitidos ou conhecem alguém que passou por um processo de despedimento. A recessão e a incerteza no emprego forçaram-nos a agir, com 40% a planearem ativamente uma mudança de carreira, para conseguirem mais segurança e salários mais elevados.
“O mercado de trabalho de hoje está a movimentar-se mais rápido do que um Tesla de uma forma ridícula, deixando muitos espectadores sem folego”, explica Roman Peskin, cofundador e CEO da ELVTR, plataforma de educação online, citado pela Forbes.
Para descobrir as profissões que poderão escapar à recessão, a ELVTR entrevistou 21.500 norte-americanos que procuram mudar de emprego ou progredir nas suas carreiras.
1. Gestão de produtos
Num mundo dominado pela tecnologia, não há falta de inovação ou de talentos na área das TI. No entanto, as empresas não estão só à procura de especialistas em tecnologia – também precisam de pessoas com competências de gestão de produto para garantir o sucesso dos seus lançamentos. De acordo com o site Glassdoor, existem 17.725 vagas abertas para a gestão de produto nos Estados Unidos. Os gestores de produto de TI podem esperar um salário apetecível e oportunidades de progressão na carreira, segundo a ELVTR.
2. Gestão de DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão)
De acordo com o LinkedIn, o número de diretores de diversidade duplicou desde 2015, com empresas como a Electronic Arts, a Deloitte e a Amazon a liderarem o ranking das que mais contratam. 75% dos candidatos a emprego avaliam a diversidade de uma empresa sempre que consideram uma oferta de emprego. Por isso, o investimento em cargos de liderança da DEI deverá aumentar, conclui a ELVTR.
Ao dominarem competências como comunicação, identificação de problemas e resolução de conflitos, os candidatos podem conseguir uma carreira nesta área em crescimento. Além de oferecer uma opção de carreira lucrativa, esta função é ideal para quem quer deixar um impacto positivo nos seus locais de trabalho e na sociedade.
3. Produção de jogos
A indústria de jogos cresceu 26% entre 2019 e 2021 e vai continuar a manter a tendência de crescimento, apesar da recessão, de acordo com a PwC que revela que os consumidores procuram entretenimento de baixo custo. Com os videojogos como um dos hobbies favoritos dos consumidores mais jovens, esta indústria é uma das mais desejadas entre aqueles que procuram emprego.
Para vencer a competição, os candidatos terão de adquirir competências que não estão prontamente disponíveis. No entanto, esta não é apenas uma oportunidade para quem tem conhecimento e experiência em programação. Para responder à procura, esta indústria terá de contratar pessoas de várias áreas e com diferentes competências, tais como experiência do utilizador, engenharia de som, programação e escrita de roteiros.
4. Direção criativa
Com as perspectivas de emprego na indústria criativa a crescerem 11% mais rápido do que a média do mercado de trabalho dos EUA, há uma clara necessidade de profissionais com competências de direção de arte. Prevê-se uma diminuição na procura, apesar do cenário económico. Contudo, as pessoas vão continuar à procura de entretenimento durante os tempos difíceis, o que levará as empresas a aumentarem os esforços de publicidade para manter o reconhecimento e a lealdade dos seus consumidores. Desafiando o estereótipo do “artista faminto”, as funções de direção de arte permitem que os criativos mostrem a sua criatividade com a garantia de retorno financeiro.
5. Análise de dados
Com uma quantidade infinita de dados disponíveis para as empresas, há uma elevada procura por profissionais com competências em análise de dados, capazes de transformar essas informações em ideias valiosas. De acordo com o LinkedIn, o número de vagas em ciência de dados tem crescido 37% por ano nos Estados Unidos. Com posições espalhadas por quase todas as indústrias, estes profissionais têm a liberdade de escolher um cargo e o setor que mais os atraia, como finanças, saúde, vendas ou tecnologia.
Sendo também necessários conhecimentos avançados em tecnologia computacional e em matemática, esta não é, de forma alguma, uma profissão fácil, revela a ELVTR. Apesar disso, o retorno compensa os requisitos solicitados, com os analista iniciantes a ganharem salários acima da média do mercado.